A boca tá quente e o bicho vai pegar
O DEM analisa em segredo os efeitos do escândalo Arruda sobre a sigla. Muitas coisas podem explodir ainda e bombardear meio mundo de gente nos subterrâneos do DEMOCRATA. O partido ta confuso. De um lado, a turma do “mata-e-esfola”. Do outro, a ala do “deixa-como-tá-pra-ver-como-é-que-fica”.

Ninguém que defender o ex-governador que foi parar por trás das grades há uma semana.

Pior é que o ano eleitoral exige o mínimo de ética. A essa altura, ainda tem de resolver logo a situação do governador interino Paulo Octávio, outro mandachuva do DEM. Só resta uma saída: expulsa-lo. Todavia, isso poderá causar outro incêndio.

Até agora os caciques vem administrando a crise a golpes de barriga. Nisso são profissionais.
  
O DEM tenta apregoar a lorota de que lida com o seu mensalão com um rigor que o PT não foi capaz de imprimir ao mensalão dele. Porém... O medo maior é que Arruda, nas garras da PF resolva abrir a boca e o baú que armazena os segredos financeiros do DEM.

Único governador eleito pela legenda em 2006, Arruda tornou-se um grande provedor do DEM.

Diz o experiente blogueiro Josias de Souza que no pleito municipal de 2008, a máquina ‘demo’ de Brasília borrifou verbas nas arcas de comitês de campanha instalados em várias partes do país. Rolou muito dinheiro por baixo da mesa e as hesitações da direção do DEM tonificam as suspeitas.

Paira no ar a impressão de que, se resolver destravar os dois ‘Bs’ que lhe restam (boca e baú), Arruda pode produzir um novo escândalo, tão devastador quanto o primeiro.

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