Testemunha do mensalão no DF diz ter recebido bilhete que seria de Arruda
Sombra é o pivô do mais novo capítulo do escândalo do mensalão do DEM no DF. Ele denunciou e a Polícia Federal (PF) gravou (em vídeo) o que seria o momento em que um suposto emissário do governador José Roberto Arruda entregaria a ele R$ 200 mil em dinheiro.
Seria a primeira parcela do pagamento de um suborno para que ele dissesse que as imagens do escândalo foram montadas, que seriam uma farsa.
Depois de prestar depoimento à PF, Edson Sombra disse que primeiro ele foi procurado pelo deputado distrital Geraldo Naves.
Na entrevista, Sombra diz que não quis negociar com Naves. E sugeriu o nome de Wellington Moraes, secretário de comunicação de Arruda, que aparece num vídeo gravado por Edson Sombra. Mas, no final, por decisão que teria sido do próprio Arruda, quem fechou a negociação foi Antonio Bento, que está preso. Depois de prestar depoimento à PF, Edson Sombra disse que primeiro ele foi procurado pelo deputado distrital Geraldo Naves.
Edson Sombra procurou a PF, e no dia 21 de janeiro prestou o primeiro depoimento relatando a suposta tentativa de suborno. Foi quando a polícia passou a acompanhar a negociação. Sombra também entregou os vídeos que gravou com Wellington Moraes e Antonio Bento.
Segundo Sombra, o suposto suborno seria pago de várias maneiras.
“R$ 1 milhão em dinheiro vivo... mais R$ 250 mil de mídia/mês... R$ 200 mil cash por fora para fazer depoimento desmentindo Durval, que os videos são montados...basicamente”.
Antonio Bento está preso, e, segundo fontes da polícia, teria dito em depoimento que o dinheiro para pagar Edson Sombra lhe foi entregue por Rodrigo Arantes, sobrinho do governador que aparece num vídeo que deu origem ao escândalo.
Outro lado
O secretário de comunicação Wellington Moraes disse que foi procurado por Edson Sombra para intermediar um encontro com o governador Arruda, mas que o pedido foi negado. O deputado distrital Geraldo Naves disse que entregou sim um bilhete do governador Arruda a Edson Sombra, mas que o bilhete era apenas para esclarecer ao jornalista que não havia veto do governo a verbas de patrocínio para o jornal dele.
O governador José Roberto Arruda divulgou nota negando qualquer envolvimento na suposta tentativa de suborno. Disse que houve “armação” por parte do grupo de Durval Barbosa e que Antonio Bento é empregado do jornalista Edson Sombra, íntimo colaborador de Durval
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