Nem mesmo a Folha de S.Paulo, também conhecida como "Força Serra Presidente" e principal representante do PIG - Partido da Imprensa Golpista -, conseguiu passar vaselina na imagem do candidato a vice de Serra. Lula Marques, da Folha, detonou o surpreso deputado Índio da Costa (DEM-RJ), a partir da sua declaração mais que infeliz a repórter Andreza Matais, pouco depois de ter sido aclamado na convenção dos demos. A repórter perguntou a Índio se ele acha que a campanha deve adensar as críticas à gestão de Lula. E ele, disciplinado respondeu: "Vou me assessorar com a equipe do Serra e com o próprio Serra, que tem uma quantidade enorme de pesquisas e informações que eu não tenho". Andreza insistiu perguntando sobre o seu papel na campanha. E ele, demonstrando que não sabia nada de coisa nenhuma, respondeu: "(...) O que vou fazer é entender quais são os problemas e de que maneira eu posso contribuir...". e aí saiu-se com esta pérola: "...Mas é muito cedo para tudo. Faz três horas que eu fui indicado. Não tenho a menor ideia de nada." A declaração mais contundente de Índio da Costa foi a de que é preciso acabar com o "modelo Lula". Reforça a máxima de um brasilianista norte-americano que declarou que o azar de Serra é que ele foi candidato da continuidade quando todos queriam mudança e agora é o candidato das mudanças quando todos querem continuidade... Já a biografia política do Índio não ajuda muito. O único projeto de repercussão que apresentou quando vereador do Rio de Janeiro foi um para proibir de se pedir ou dar esmolas na Cidade Maravilhosa. Pelo seu projeto, quem fosse pego pedindo esmolas seria recolhido a um albergue ou abrigo, uma espécie de campo de concentração "de leve". E quem fosse flagrado dando a esmola, teria que pagar multa a ser estipulada pela prefeitura. Difícil convencer o povo brasileiro, com uma formação cristã tão sólida a deixar de praticar a caridade, por mais que queríamos que as pessoas não precisem pedir esmolas. E a melhor maneira de não pedir esmolas, é ter alguma renda fixa, como os 13.013.131 brasileiros que conseguiram emprego de carteira assinada desde o dia que Lula tomou posse dizendo que o Brasil precisava gerar dez milhões de empregos. Ou como os mais de dez milhões de brasileiros que, mesmo não tendo a sorte dos treze milhões formalmente empregados, conseguiram alguma renda constante que lhes permite "viver do suor do próprio rosto". Ou, por que não? Os mais de 45 milhões de brasileiros que, mesmo contra a vontade de demos e tucanos, estão recebendo Bolsa-Família, com seu cartãozinho eletrônico que lhes permite ir ao banco sem passar por vereador ou cabo eleitoral e tirar o dinheiro para comprar o que quiser. Ainda bem que Índio da Costa não chegou ao requinte do inspirador da direita brasileira, o velho Carlos Lacerda que queria mandar matar ou confinar os mendigos do Rio de Janeiro na Ilha das Cobras... Eita direitinha pesada, essa do Brasil.
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