Ex-governador Joaquim Roriz (PSC)
(Foto: Arquivo/Agência Brasil)
(Foto: Arquivo/Agência Brasil)
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) decidiu ontem segunda-feira (9) abrir uma investigação para apurar as denúncias feitas pela revista “Veja” em que o candidato ao governo do DF, Joaquim Roriz (PSC), aparece em um vídeo entregando dinheiro a um suposto laranja. A decisão foi da procuradora-geral do DF, Eunice Carvalhido.
Eunice esteve reunida por mais de uma hora com representantes da bancada do PT na Câmara Legislativa na tarde desta segunda-feira. No encontro, o líder do PT, deputado Paulo Tadeu, e a deputada Érika Kokay protocolaram uma representação pedindo um procedimento investigativo. Com base no pedido feito pelos petistas, a procuradora decidiu dar início às investigações. O caso ficará sob responsabilidade do Núcleo de Combate às Organizações Criminosas. O procurador que ficará responsável pela investigação ainda não foi definido.
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“Seria inadmissível que uma denúncia desse tamanho não tivesse uma investigação. Se as denúncias forem comprovadas, essa pessoa [Roriz] tem de ser punida”, disse a deputada Érika Kokay.
O assessor do ex-governador Joaquim Roriz, Paulo Fona, criticou a decisão do Ministério Público. Segundo ele, não há motivos para que seja aberto um processo de investigação.
“A decisão do MP demonstra que o governador [Roriz] tem razão ao dizer que o MP torce pelo adversário. Não há razão nenhuma para essa investigação. Nem se sabe se esse vídeo existe. Quem deveria ser investigado é o denunciante”, disse.
A denúncia
Segundo reportagem da revista “Veja” desta semana, Roriz teria sido flagrado em um vídeo efetuando pagando em dinheiro a um suposto laranja no valor de R$ 10 mil. Segundo a revista, o encontro entre Roriz e André Alves Barbosa, o suposto beneficiado pelo pagamento, teria sido gravado pelo próprio Barbosa no começo deste ano. A reportagem afirma que Barbosa, que teria recebido o dinheiro do candidato, pertence a uma família que atuaria como laranja do ex-governador em imóveis e operações bancárias.
Por meio de seu assessor, Paulo Fona, Roriz negou neste sábado (7) que o pagamento que foi entregue a Barbosa fosse propina, mas afirmou ter ajudado financeiramente o suposto autor do vídeo. O valor do dinheiro que Roriz entregou a Barbosa não foi especificado pelo assessor. Segundo Fona, Roriz é amigo do avô de Barbosa há mais de 40 anos.
“Ele [Roriz] me disse que ajudou o André a pedido do avô dele, porque ele [André] estaria passando por dificuldades. O Roriz é amigo do avô dele, o seu Geraldo, há mais de 40 anos”, afirmou Fona, que falou em nome de Roriz no sábado.
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