O aborto e os direitos civis: a hora da virada
Nordeste garante vantagem de Dilma sobre Serra no segundo turno, diz a manchete da Folha deste domingo.
Os analistas do jornal procuram associar o voto da candidata governista aos grotões — o que os números da pesquisa do próprio jornal desmentem.
O fato é que o tucano, para se eleger, se associou aos extremistas da direita. Deu a eles púlpito, palco, protagonismo político.
Uma situação desconfortável para a própria Folha, que tratou de dizer, em editorial, que o aborto é um problema de saúde pública e que deve ser descriminalizado.
A Folha trouxe para as suas páginas a Soninha, que já fez aborto, e o senador eleito Itamar Franco. Uma tentativa de arejar uma candidatura calcada no extremismo religioso.
Sempre achei que a questão do aborto poderia ser positiva para a candidatura de Dilma Rousseff.
Isso porque a classe média urbana brasileira não é obscurantista e sabe muito bem — porque frequenta as clínicas — que a classe média e os ricos tem acesso ao aborto no Brasil. Os pobres… se viram.
E a classe média urbana tem medo de que Serra, eleito, permitirá que fanáticos religiosos comecem a bloquear as clínicas, atacar médicos e pacientes e buscar os arquivos das clínicas e hospitais onde estão os nomes de centenas de milhares de brasileiras que fizeram aborto de forma clandestina. Para colocá-las na cadeia.
Os analistas do jornal procuram associar o voto da candidata governista aos grotões — o que os números da pesquisa do próprio jornal desmentem.
O fato é que o tucano, para se eleger, se associou aos extremistas da direita. Deu a eles púlpito, palco, protagonismo político.
Uma situação desconfortável para a própria Folha, que tratou de dizer, em editorial, que o aborto é um problema de saúde pública e que deve ser descriminalizado.
A Folha trouxe para as suas páginas a Soninha, que já fez aborto, e o senador eleito Itamar Franco. Uma tentativa de arejar uma candidatura calcada no extremismo religioso.
Sempre achei que a questão do aborto poderia ser positiva para a candidatura de Dilma Rousseff.
Isso porque a classe média urbana brasileira não é obscurantista e sabe muito bem — porque frequenta as clínicas — que a classe média e os ricos tem acesso ao aborto no Brasil. Os pobres… se viram.
E a classe média urbana tem medo de que Serra, eleito, permitirá que fanáticos religiosos comecem a bloquear as clínicas, atacar médicos e pacientes e buscar os arquivos das clínicas e hospitais onde estão os nomes de centenas de milhares de brasileiras que fizeram aborto de forma clandestina. Para colocá-las na cadeia.
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