O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, confirmado para permanecer na gestão de Dilma Rousseff, defendeu neste domingo (26), em entrevista à Folha, que o salário mínimo brasileiro seja de R$ 560 a partir de 2011. Na última semana, a equipe econômica do governo fixou o valor em R$ 540. De acordo com o titular, o fluxo da economia já começou a mudar e, atualmente, trabalhadores de São Paulo já têm sido recrutados por usinas de cana de açúcar de Pernambuco e Alagoas. “A geração de emprego e o ganho real de salário é que fizeram a diferença. É o ciclo virtuoso da economia. E por isso sou defensor de que o aumento do salário mínimo tem de ser de R$ 560, porque R$ 580, nesse momento, é uma puxada que não dá para suportar. Mas R$ 540 é muito pouco”, argumentou. Segundo Lupi, apesar da discordância, não há conflitos com as demais pastas. “Nunca tive briga. A opinião de um ministro é essa, a de outro é aquela, e quem decide é o Lula. Toda vez que tem conflito, o Lula entra para o lado do trabalhador. Em toda discussão de salário mínimo de que participamos, vencemos o Planejamento e a Fazenda. Como é que o Lula poderia ser favorável a flexibilizar a legislação [trabalhista]? Como é que ele não ia fazer uma política regionalizada?”, questionou.
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