O ministro Jorge Hage, da Controladoria Geral da União (CGU), foi deputado estadual e federal da Bahia em mandatos de muito sucesso (era um dos melhores políticos baianos de oposição). Desencantou-se da política ao perder a última campanha em que foi candidato. A reação de Hage foi abandonar a atividade e mudar-se para Brasília, onde resolveu recomeçar, prestando concurso para juiz federal, passando em primeiro lugar. Hage, em entrevista longa concedida à Folha, edição desta segunda, considera que o Brasil avançou no combate à corrupção, mas tem lá as sua mágoas: reclama da falta de estrutura do seu ministério, em que permanece no governo Dilma. Para ele, não há recursos suficientes para um combate maior à corrupção e explica: "Nossa estrutura é menor que a de qualquer ministério, e temos a tarefa gigantesca de controlar recursos no país inteiro". Diz mais que “a falta de punição é o calcanhar de Aquiles do combate à corrupção” e completa: "Colocamos para fora 2,8 mil servidores. Mas a população continua cobrando porque quer ver o corrupto na cadeia."
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