O Provocador
Marco Antonio Araujo
Em uma investigação rigorosa, após revistar todos os suspeitos, cheguei ao verdadeiro responsável pelas últimas tragédias em São Paulo. E exijo: prendam a chuva!
Com uma agravante: trata-se de crimes premeditados. Milhares de testemunhas garantem que as inundações e mortes já eram esperadas. Ninguém foi pego de surpresa. Há anos é sempre a mesma coisa.
E requintes de crueldade: famílias em desespero, a vida levada por esgotos e córregos, nada é capaz de comover essa chuva que desaba impiedosamente. É desumano.
Nossas autoridades, o prefeito, o governador, assistem a tudo como se nada pudesse ser feito. Estão imobilizados, não reagem a mais nada. Provavelmente, se tornaram reféns! Mais uma acusação gravíssima.
Temos que colocar chuvas e trovoadas atrás das grades, que é o lugar em que merecem estar os que matam trabalhadores inocentes. Que as chuvas apodreçam como águas paradas e vejam o sol nascer quadrado.
Conforme pudemos averiguar, não há nada mais a fazer. A não ser prender a chuva. O esforço de toda a sociedade deve ser unicamente esse.
Mas não esperem ajuda dos governantes. Eles também são vítimas da situação e estão afogados em desculpas.
Essa justiça só pode ser feita por nós, cidadãos. Olhai para os céus. Todos juntos, agora: vamos prender as chuvas com nossas próprias mãos.
Com uma agravante: trata-se de crimes premeditados. Milhares de testemunhas garantem que as inundações e mortes já eram esperadas. Ninguém foi pego de surpresa. Há anos é sempre a mesma coisa.
E requintes de crueldade: famílias em desespero, a vida levada por esgotos e córregos, nada é capaz de comover essa chuva que desaba impiedosamente. É desumano.
Nossas autoridades, o prefeito, o governador, assistem a tudo como se nada pudesse ser feito. Estão imobilizados, não reagem a mais nada. Provavelmente, se tornaram reféns! Mais uma acusação gravíssima.
Temos que colocar chuvas e trovoadas atrás das grades, que é o lugar em que merecem estar os que matam trabalhadores inocentes. Que as chuvas apodreçam como águas paradas e vejam o sol nascer quadrado.
Conforme pudemos averiguar, não há nada mais a fazer. A não ser prender a chuva. O esforço de toda a sociedade deve ser unicamente esse.
Mas não esperem ajuda dos governantes. Eles também são vítimas da situação e estão afogados em desculpas.
Essa justiça só pode ser feita por nós, cidadãos. Olhai para os céus. Todos juntos, agora: vamos prender as chuvas com nossas próprias mãos.
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