A dançarina marroquina Karima El Mahroug, que ficou conhecida pelo apelido "Ruby Rouba Corações", contou detalhes das festas particulares organizadas pelo primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, intitulada “bunga-bunga” - espécie bundalelê à italiana. Segundo ela, as orgias promovidas por Il Cavaliere reuniam dezenas de mulheres, que dançavam e se acariciavam sem roupas em torno dele, em uma disputa para ver quem o excitava mais. "Depois do jantar, íamos para um salão no subsolo, onde acontecia a bunga-bunga", afirmou a dançarina, em depoimentos para a polícia que vazaram e foram publicados no jornal La Repubblica. Em um dos relatos, Ruby descreve como foi seu primeiro encontro com o premier italiano. “Naquela noite, Berlusconi me disse que a bunga-bunga era um harém, o que ele copiou de seu amigo (o ditador líbio Muamar) Kadhafi, e que consistia de garotas tirando a roupa e concedendo-lhe prazeres sexuais", contou. Ruby, a ladra de corações, é peça-chave do processo que corre na justiça italiana contra Berlusconi, acusado de contratar seus favores sexuais quando Ruby ainda era menor de idade.
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