Essa matéria da Veja está publicada em vários sites e blogs do Brasil no dia de hoje, a exemplo do site Click Pb, que transcreve do G1 de Brasília o texto a seguir:
O ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda, cassado e preso por dois meses em razão do escândalo do chamado "mensalão do DEM", afirma em entrevista publicada no site da revista "Veja" que captou doações em dinheiro de empresários para ajudar campanhas eleitorais de líderes do partido e de políticos de outras legendas.
O esquema do mensalão do DEM, ao qual Arruda era filiado, foi desvendado pela operação Caixa de Pandora, da Polícia Federa no final de 2009. Segundo a investigação, o esquema arrecadava dinheiro e distribuia propina entre políticos.
Na entrevista publicada no site, Arruda não deixa claro se eram ilegais as doações aos políticos que mencionou. Questionado pelo G1, Nélio Machado, advogado de Arruda, afirmou: "Eram absolutamente legais". Segundo Machado, o site da revista omitiu um trecho em que o ex-governador foi indagado se era corrupto. Machado diz que a resposta foi: "Claro que não".
Na reportagem publicada no site da "Veja", a primeira pergunta é "O senhor é corrupto?". A resposta publicada é: "Infelizmente, joguei o jogo da política brasileira. As empresas e os lobistas ajudam nas campanhas para terem retorno, por meio de facilidades na obtenção de contratos com o governo ou outros negócios vantajosos. Ninguém se elege pela força de suas ideias, mas pelo tamanho do bolso. É preciso de muito dinheiro para aparecer bem no programa de TV. E as campanhas se reduziram a isso".
De acordo com o advogado, a entrevista foi concedida em setembro do ano passado e durou quatro horas e meia. Para Machado, o conteúdo condiz com o contexto da época, mas não com o da situação atual. “É como uma padaria vender pão de cinco meses atrás”, comparou.
Segundo ele, a revista “Veja” havia informado que a reportagem seria destinada às páginas amarelas da publicação, o que não aconteceu por motivos que ele desconhece. “Talvez não tenha interessado. Por conta do Inquérito 650 [da Operação Caixa de Pandora], sempre aconselhamos a não dar entrevista para qualquer veículo, mas eles o seduziram a conceder e depois não publicaram”, disse.
saiba mais
De acordo com o advogado, a entrevista não foi veiculada na íntegra. “Está mutilada, são só fragmentos. Sequer podemos afirmar a veracidade do conteúdo, tendo em vista que o entrevistado pode nem lembrar do que foi dito na época.”, declarou.
A assessoria da Editoria Abril, responsável pela publicação de "Veja", informou que a empresa não vai se manifestar sobre as declarações do advogado de Arruda.
Joguei o jogo da política
Na entrevista, José Roberto Arruda afirma que parlamentares do DEM que ele teria ajudado "foram à imprensa dar declarações me enxovalhando" depois de revelado o escândalo pela operação Caixa de Pandora. Na ocasião, Arruda era o único governador do DEM. "Infelizmente, joguei o jogo da política brasileira", disse.
Na entrevista, Arruda diz ter atendido a pedidos de ajuda do atual presidente do DEM, senador José Agripino (RN); do líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO); dos deputados Ronaldo Caiado (DEM-GO), ACM Neto (DEM-BA) e Rodrigo Maia (DEM-RJ), ex-presidente do partido; do ex-senador Marco Maciel (DEM-PE); e do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), entre outros ("foram muitos, não me lembro de cabeça").
Segundo o site da revista, Arruda afirma ter também colaborado com outros partidos - o PSDB ("sempre que o senador Sérgio Guerra, presidente do partido, me pediu") e o PT, em Goiás ("que me apoiava no entorno de Brasília").
O ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda, cassado e preso por dois meses em razão do escândalo do chamado "mensalão do DEM", afirma em entrevista publicada no site da revista "Veja" que captou doações em dinheiro de empresários para ajudar campanhas eleitorais de líderes do partido e de políticos de outras legendas.
O esquema do mensalão do DEM, ao qual Arruda era filiado, foi desvendado pela operação Caixa de Pandora, da Polícia Federa no final de 2009. Segundo a investigação, o esquema arrecadava dinheiro e distribuia propina entre políticos.
Na entrevista publicada no site, Arruda não deixa claro se eram ilegais as doações aos políticos que mencionou. Questionado pelo G1, Nélio Machado, advogado de Arruda, afirmou: "Eram absolutamente legais". Segundo Machado, o site da revista omitiu um trecho em que o ex-governador foi indagado se era corrupto. Machado diz que a resposta foi: "Claro que não".
Na reportagem publicada no site da "Veja", a primeira pergunta é "O senhor é corrupto?". A resposta publicada é: "Infelizmente, joguei o jogo da política brasileira. As empresas e os lobistas ajudam nas campanhas para terem retorno, por meio de facilidades na obtenção de contratos com o governo ou outros negócios vantajosos. Ninguém se elege pela força de suas ideias, mas pelo tamanho do bolso. É preciso de muito dinheiro para aparecer bem no programa de TV. E as campanhas se reduziram a isso".
De acordo com o advogado, a entrevista foi concedida em setembro do ano passado e durou quatro horas e meia. Para Machado, o conteúdo condiz com o contexto da época, mas não com o da situação atual. “É como uma padaria vender pão de cinco meses atrás”, comparou.
Segundo ele, a revista “Veja” havia informado que a reportagem seria destinada às páginas amarelas da publicação, o que não aconteceu por motivos que ele desconhece. “Talvez não tenha interessado. Por conta do Inquérito 650 [da Operação Caixa de Pandora], sempre aconselhamos a não dar entrevista para qualquer veículo, mas eles o seduziram a conceder e depois não publicaram”, disse.
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De acordo com o advogado, a entrevista não foi veiculada na íntegra. “Está mutilada, são só fragmentos. Sequer podemos afirmar a veracidade do conteúdo, tendo em vista que o entrevistado pode nem lembrar do que foi dito na época.”, declarou.
A assessoria da Editoria Abril, responsável pela publicação de "Veja", informou que a empresa não vai se manifestar sobre as declarações do advogado de Arruda.
Joguei o jogo da política
Na entrevista, José Roberto Arruda afirma que parlamentares do DEM que ele teria ajudado "foram à imprensa dar declarações me enxovalhando" depois de revelado o escândalo pela operação Caixa de Pandora. Na ocasião, Arruda era o único governador do DEM. "Infelizmente, joguei o jogo da política brasileira", disse.
Na entrevista, Arruda diz ter atendido a pedidos de ajuda do atual presidente do DEM, senador José Agripino (RN); do líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO); dos deputados Ronaldo Caiado (DEM-GO), ACM Neto (DEM-BA) e Rodrigo Maia (DEM-RJ), ex-presidente do partido; do ex-senador Marco Maciel (DEM-PE); e do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), entre outros ("foram muitos, não me lembro de cabeça").
Segundo o site da revista, Arruda afirma ter também colaborado com outros partidos - o PSDB ("sempre que o senador Sérgio Guerra, presidente do partido, me pediu") e o PT, em Goiás ("que me apoiava no entorno de Brasília").
Reações
O senador José Agripino divulgou nota nesta sexta-feira (18) em que negou ter recebido ajuda de Arruda. "São informações totalmente infundadas que repilo à altura. Trata-se, provavelmente, de declarações de alguém profundamente magoado com parlamentares que exigiram sua saída imediata do partido por não tolerarem seu envolvimento com improbidades, algo inadmissível no Democratas", disse Agripino.
Senador José Agripino
Em nota, ACM Neto afirma que as declarações de Arruda "não passam de mentiras de alguém que, comprovadamente, foi flagrado em ato corrupção. Ele sequer apresentou indícios ou provas. Arruda guarda ódio e rancor por quem ajudou a expulsá-lo do DEM, por não compactuar com o mensalão patrocinado por ele. O ex-governador Arruda nunca contribuiu direta ou indiretamente com a minha campanha".
Em nota, ACM Neto afirma que as declarações de Arruda "não passam de mentiras de alguém que, comprovadamente, foi flagrado em ato corrupção. Ele sequer apresentou indícios ou provas. Arruda guarda ódio e rancor por quem ajudou a expulsá-lo do DEM, por não compactuar com o mensalão patrocinado por ele. O ex-governador Arruda nunca contribuiu direta ou indiretamente com a minha campanha".
O deputado Ronaldo Caiado também divulgou nota. No texto, diz que as declarações são "mentirosas" e chama Arruda de "gângster". "Tenho a consciência tranquila porque ajudei a tirar esse bandido da vida pública. Farei um requerimento junto à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal para que divulguem qualquer fato, se houver, com o meu nome. Arruda dá declarações que não merecem crédito", disse Caiado.
Pelo microblog Twitter, o senador Demóstenes Torres chama o ex-governador de "corrupto esquizofrênico, que decidiu compor uma realidade paralela em busca de brechas para a impunidade". Torres afirma que moverá ação contra Arruda. "Vou processá-lo e adicionar mais uma ação penal à folha corrida deste canalha profissional e mitômano de conveniência."
Também por meio do Twitter, o deputado Rodrigo Maia, presidente do DEM na época em que Arruda governava o Distrito Federal, afirmou: "Todas as doações foram feitas de forma legal para o partido. Está tudo registrado na contabilidade do partido e à disposição do TSE."
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) negou que tenha recebido ajuda do ex-governador Arruda. Ele confirma que saiu endividado da campanha de 2006 . Mas essas dívidas, segundo afirmou, teriam sido perdoadas pelos credores, por isso não aparecem na prestação de contas do TSE.
O senador tucano Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB, também negou ter pedido ajuda ao ex-governador, que já integrou o partido. "Nunca pedi e nunca recebi qualquer contribuição do ex-governador para o PSDB", declarou, por intermédio da assessoria do partido.
O G1 tentou contato com o ex-senador Marco Maciel (DEM-PE), também mencionado por Arruda, mas ele não foi localizado.
O assessoria do PT de Goiás foi informada pelo G1 sobre as denúnicias e disse que o diretório do estado desconhece o assunto. Por isso, não iria comentar as declarações de Arruda.
O advogado de Arruda, Nélio Machado, afirmou que a entrevista desagradou ao ex-governador porque está fora de contexto. De acordo com ele, ela foi dada em setembro do ano passado. O advogado acusa a revista de pinçar trechos da entrevista de forma ardilosa num momento em que o partido Democratas passa por uma crise.
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