Em greve há 59 dias, os professores da UERN se reuniram em
assembleia na manhã de ontem (28). Na ocasião, a categoria rejeitou, por
unanimidade, a proposta do Governo do Estado de pagar de forma escalonada, entre
2012 e 2014, a reposição salarial pleiteada junto à administração estadual,
correspondente ao cumprimento do Plano de Cargos e Salários dos
professores.
Da mesma forma, os docentes entenderam que falta ao Governo
sinalizar com clareza como vai atender a reivindicação da categoria na questão
do descontingenciamento orçamentário da UERN. Diante disso, a categoria decidiu
que a greve continuará enquanto não houver um acordo favorável para a
universidade.
Para o professor Flaubert Torquato, presidente da ADUERN, do
ponto de vista da reposição salarial, a categoria considerou a proposta como
vergonhosa e indelicada, já que concede tratamento diferenciado aos segmentos da
UERN, e que se o pagamento não for realizado a partir deste ano, não terá
acordo. Quanto ao orçamento, ele diz que é preciso o Governo dizer claramente
quando serão descontingenciados os recursos orçamentários da UERN, previstos
para este ano, além de abertura de crédito adicional.
“Infelizmente, a greve continuará até que o Governo reveja
seu posicionamento e apresente uma nova proposta que satisfaça aos anseios dos
segmentos acadêmicos da UERN”, afirma. “Além disso, os professores pedem
tratamento igualitário com os servidores públicos do Estado”,
completa.
A categoria continua aberta às negociações com o Governo do
Estado, no sentido de encontrar uma saída para o impasse. Hoje (29), às 16h, na
Reitoria da UERN, será realizada mais uma rodada de negociações entre ADUERN e
Governo do Estado. Uma nova assembleia será realizada na próxima terça-feira
(02), às 9h, para avaliar a audiência de hoje.
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