A indicação de Roberto Gurgel para um novo
mandato de dois anos como procurador-geral da República foi aprovada na
tarde desta quarta-feira, 3, por 21 votos favoráveis e um contrário,
após sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. A
indicação por decisão da comissão deve ser encaminhada ainda nesta
quarta ao plenário da Casa para ser votada. Durante a sabatina, Gurgel
foi cobrado por integrantes do DEM e do PSDB por ter arquivado, sem
abrir o inquérito, as acusações de ilegal contra o
ex-enriquecimento ministro chefe da Casa Civil Antonio Palocci.
Gurgel argumentou que não tinha indícios suficientes para pedir
abertura de inquérito contra Palocci no Supremo Tribunal Federal (STF) e
que, para eventualmente prosseguir as apurações, precisaria da
autorização do STF para pedir a quebra dos sigilos bancário e fiscal de
Palocci. No entanto, ele avaliou que, sem indícios suficientes, o STF
não autorizaria essas investigações. “Seria inútil porque jamais haveria
autorização para quebra de sigilo pelo Supremo”, disse Gurgel.
O senador Pedro Taques (PDT-MT) – que é ex-procurador – disse ter
discordado da decisão de Gurgel e afirmou que procurador-geral da
República não pode ser um “esperador geral da República” e que deveria
ter investigado mais a conduta de Palocci para tomar sua decisão de
arquivar ou não as acusações.”
(Agência Estado)
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