Nunca na história administrativa recente
fomos tão mal tratados como no atual governo municipal. Não uso meias
palavras, textos anônimos ou pseudônimos para afirmar isso. Esse tipo de
recurso não me pertence. Não podemos ignorar, dissimular, tamanha falta
de respeito e ingerência com o que é do povo. Nunca fui de deixar me
intimidar e não vai ser agora. Por isso que em caixa alta registro:
RESPEITE LUÍS GOMES PREFEITO CARLOS JOSÉ FERNANDES (...). Esse é o
desejo da maioria dos luisgomenses que teve o desprazer de hospedá-lo na
nossa querida Serra.
Não vou lembrar ou relembrar aqui todas as reclamações, denúncias e pedidos de providências que já foram feitos por meu mandato parlamentar com relação a sua administração, ao seu governo sem compromisso com o futuro, porque já fiz isso noutros momentos e em nada fui desmentido. Porém insisto em dizer que a falta de transparência na sua gestão nunca será esquecida, talvez nunca superada. A sua ausência da cidade e de parte do seu secretariado preocupa e me obriga a dizer que vivemos um período de abandono e de faz de conta. O “lixo” se acumula e isso me faz requerer de forma legal uma urgente FAXINA.
Enquanto o prefeito mandava anunciar (fazer publicidade) que estava na capital, Natal, tentando resolver o problema da iminente falta d’água da cidade de Luís Gomes (há quem acredite que a rota tenha sido outra) as comunidades de Carneiro e Alto dos Cândidos sofriam o drama de não receber água encanada porque a prefeitura deixou de pagar a conta da energia dos sistemas de bombeamento. Quase R$ 2.700,00 de débito com a COSERN, referente a quinze meses de atraso. Foram mais de trinta dias sem água nos Cândidos. Os moradores tiveram que fazer uma cotinha e a prefeitura entrou com o restante. Nos Carneiros o problema continua, agora por outro problema.
Falando ainda em pagamento de energia, recentemente as comunidades de Arara, Monte Alegre e Pitombeira também ficaram sem água e pelo mesmo motivo. A diferença é que lá foram “forçados” a agir rápido e nenhuma família precisou contribuir financeiramente, mesmo o valor do débito sendo superior a R$ 3.000,00. Qual santo ajudou nesse milagre: São Firmino ou São Tadeu? É provável que Lagoa de Pedra ainda não tenha sido vítima do descaso porque a vereadora Maria Gerusa, sabendo do histórico, paga com recursos dela os débitos para depois receber da Prefeitura. Comentários dão conta que a taxa de energia da Vila São Bernardo também está atrasada. Ouvi de moradores da própria comunidade que o débito com a COSERN gira em torno de R$ 15.000,00. Procurei o Tesoureiro Alisson Batista e ele disse não está informado sobre a situação. Apenas sabe que a prefeitura paga mensalmente um salário mínimo ao senhor Antonio Geomina pela água que é retirada do cacimbão de sua propriedade (de Antonio).
Cumprindo minha obrigação de parlamentar resolvi visitar na quarta feira, 24 de agosto, as comunidades de Carneiros, Altos dos Cândidos e São Bernardo para ouvir os moradores e entender sobre a questão da água nessa região. Também, 29 e 30 de agosto, vi de perto a situação de Lagoa do Mato, Lagoa de Pedra, Arara e Barro Vermelho. Essas e mais as comunidades de Coati, Lagoinha, Baixas, Monte Alegre, Pitombeira e Baixio são todas beneficiadas com o sistema de Abastecimento do Programa de Desenvolvimento Solidário – PDS - Programa gerenciado pelo Governo do Estado e administrado em cada uma dessas comunidades por Associações de moradores. Essas organizações, a maioria delas, são criadas apenas para receber os recursos e executar a obra, depois dessa fase a manutenção dos projetos depende da participação da Prefeitura Municipal. Abre-se exceção para o sistema de abastecimento de Lagoa do Mato e Baixio que mantém certa autonomia, pelo nível de organização alcançado pela comunidade, que cotiza e paga todas as despesas sem precisar apelar para a administração municipal. Por outro, em algumas situações, a Prefeitura não faz isso de graça. No caso de algumas delas, detentoras de espaços chamados de Centros de Múltiplo Uso, construídos com recursos do PDS, como são os casos do Sol Nascente, Alto dos Cândidos e Coati, são cedidos (sem termo de comodato) a Administração Municipal para servir de Escola, Posto de Saúde e Outros.
Falando nesses Centros o de Alto dos Cândidos está com a energia cortada há quase dois meses. A prefeitura que ocupa integralmente o espaço não pagou as contas, cerca de cinco mensalidades atrasadas. Como consequência a turma de Educação de Jovens e Adultos (EJA) que funcionava no turno noturno teve que passar para o vespertino.
Voltei à escola do Alto dos Cândidos ontem, 05 de setembro, e nada havia mudado: a energia ainda continuava desligada. Mais grave foi ver que o professor estava do lado de fora, sentado no chão sujo, e os alunos forçados a voltar para casa sem aula porque o prédio estava fechado. Ouvi de um deles que quando o EJA funcionava à noite, a merenda, quando tinha, era bolacha com doce. Percebendo o estado de completo abandono do local, principalmente também porque as paredes externas estão muito sujas, faltando parte do reboco e ainda trazia o slogan da última Administração (O Progresso Continua), perguntei a um dos moradores quando havia acontecido à última pintura do edifício. Ele respondeu prontamente que “apenas quando foi inaugurado”. Um vazamento agressivo na caixa d’água do dito prédio, fazendo o líquido descer pelas paredes de uma das salas e passar para a parte externa, completa a denuncia. Falar em parte externa a iluminação do alpendre não funciona porque as luzes estão todas queimadas. Fiquei no local até as 3 horas da tarde e sai porque precisava concluir um trabalho do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, motivo da minha passagem naquela comunidade.
Mais adiante dei de encontrar com os alunos da Escola dos Carneiros, já indo para casa, comendo bolacha, dessa de padaria, popularmente conhecida como “... comum”. Perguntei se aquilo era a merenda e eles disseram que sim. Indaguei ainda sobre o motivo de deixarem a Escola mais cedo. Responderam que não tinha água na escola. Informações dão conta que o problema já se repetiu várias vezes este ano.
Visitei os cacimbões de onde é tirada a água para abastecer Carneiros, Altos dos Cândidos e São Bernardo. Apenas o de Alto dos Cândidos tem cobertura, os demais, todos são abertos. As outras localidades são servidas com água de açude, exceto Lagoa de Pedra. Importante dizer que a água chega à casa das pessoas, em todos os casos, sem nenhum tratamento. Chamou à atenção a sujeira no cacimbão que serve para abastecer os Carneiros, no leito da Baixa da Onça. No de São Bernardo, caramujos (lesmas) podiam ser vistas com certa abundância. Fui informado pelos moradores que o hipoclorito de sódio distribuído pelos Agentes Comunitários de Saúde, para fazer o tratamento da água em casa, não era fornecido há dois meses. A Secretária Municipal de Saúde de Luís Gomes, Maria Andréia, quando informei sobre o problema, disse que o produto é fornecido pelo Estado e que o último lote chegou quase vencido. Antes de fechar esta matéria fui informado que já tinha hipoclorito à disposição.
Encontrei situação ainda mais crítica quando visitei a cisterna que recebe a água que vem do açude Arara e é distribuída aos moradores do Barro Vermelho. O reservatório, construído a cerca de 30 anos e que fica dentro da mesma área do Posto de Saúde dessa comunidade, pertencente à prefeitura, não é coberto. Como se não bastasse à sujeira, lama, havia ainda duas JIAS de bom tamanho, em estado de putrefação, boiando (Ver fotos). Um verdadeiro abandono. Chamou-me a atenção ainda o fato desse reservatório funcionar anexo ao Posto de Saúde, local de trabalho de profissionais que deveriam já ter tomado providências comunicando a Prefeitura e essa ter acionando a Vigilância Sanitária, os serviços do Educador em Saúde ou do Agente Comunitário do Setor. Estranhamente é nesse local onde presta serviço ou pelo menos deveria prestar, numa das equipes do PSF, o vice-prefeito, filho do local, Francisco Tadeu Nunes. Por onde anda o vereador Firmino, irmão do vice-prefeito Tadeu que não está vendo os problemas da sua base eleitoral mais fiel?
Procurei ontem a CAERN para me inteirar de como a empresa pretende administrar a situação que se avizinha e mais uma vez encontrei o escritório local fechado. O propósito era em todas as tentativas entender mais sobre o projeto dessa mini-adultora que deve trazer água do açude do Gessem (do Saco) para a nossa cidade. Ora, havia prenúncios, pela escassez das chuvas, de que era quase impossível não passar Luís Gomes pelo mesmo problema já enfrentado em tempos não tão distantes. Estamos no mês de setembro e até agora a CAERN apenas fez a picada por onde se espera deve passar os canos. É sempre oportuno desconfiar do governo principalmente quando temos motivos de sobra para isso. Há mais de trinta anos que se gasta dinheiro contratando empresas para fazer levantamento topográfico, foram alguns ao longo desses anos, para construir a estrada Luís Gomes-Venha-Ver e nada; prometeram água da Adutora do Alto Oeste para o mês de dezembro de 2010, revisaram para março de 2011 e também “deram cano nos luisgomenses”.
Vendo a possibilidade das chuvas não serem suficientes para encher o nosso reservatório manifestei preocupação, já nos meses de abril e maio, alertando ainda sobre a necessidade de se fazer economia d’água, através de dois pronunciamentos que fiz na Rádio Mandacaru. No mês de junho abordei com mais força a mesma temática, agora no plenário da Câmara Municipal e solicitei que fosse enviado ofício ao Governo do Estado pedindo pelo cancelamento imediato da cobrança da fatura que é feita mensalmente pela empresa. Reforcei e cobrei mais uma vez, na volta do recesso parlamentar, que o documento fosse encaminhado. Os demais vereadores apoiaram a iniciativa e enfim o Presidente da Câmara mandou redigir e esse entregou pessoalmente a propositura ao Diretor Estadual da CAERN na última viagem que esse fez a capital do Estado. Não resolve o problema, sabemos, mas alivia a situação de quem no momento é forçado a comprar água para beber.
O Promotor Público da Comarca Dr. José Ricardo de Lima, já de volta das suas férias, precisa também agir rápido. A CAERN precisa garantir aos cidadãos de Luís Gomes que resolverá o problema, apresentando inicialmente cronograma de trabalho e medidas emergenciais a ser adotadas caso a obra não seja concluída a tempo. O Ministério Público possui mecanismos para obrigar a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte a cumprir com sua obrigação que é a de fazer chegar água de qualidade as torneiras de cada consumidor desta cidade.
Ainda chamo a atenção do Promotor no sentido de proibir que as repartições públicas do município forneçam essa água aos funcionários e alunos quando o objetivo for para beber. Considere a manifestação do funcionário da CAERN José Firmino, que deve muito bem entender do assunto e disse em Sessão da Câmara por duas vezes “que a água do açude que abastece Luís Gomes não serve mais para beber”. Preocupa-me especialmente a situação das Escolas Municipais e Estaduais porque concentra maior número de pessoas, principalmente de crianças e adolescentes.
Enquanto isso... ELA não veio a Luís Gomes. Mas nem tudo foi perdido. Valeu a pena a limpeza, a faxina, que foi feita em toda a extensão da Avenida e em todo o trajeto que dá acesso ao Mirante. Lamentável foi à divulgação enganosa, parecia tão real. Fique triste não, é assim mesmo, faz parte. Talvez a ROSA ainda esteja ressentida com as palavras, ditas diversas vezes na última campanha eleitoral, de que ela, estava MURCHANDO. As palavras dilaceram a alma. Concordo com Angus Raiden, quando diz “não consigo ‘esquecer’ a dor que as palavras me causam. Não consigo ‘fazer de conta que não aconteceu’. Ou consigo ser forte o suficiente para ultrapassar a dor que essas palavras me causaram ou então elas constituirão, indubitavelmente, uma dor para a vida, eterna e perpétua, ainda que latente e adormecida”.
Não vou lembrar ou relembrar aqui todas as reclamações, denúncias e pedidos de providências que já foram feitos por meu mandato parlamentar com relação a sua administração, ao seu governo sem compromisso com o futuro, porque já fiz isso noutros momentos e em nada fui desmentido. Porém insisto em dizer que a falta de transparência na sua gestão nunca será esquecida, talvez nunca superada. A sua ausência da cidade e de parte do seu secretariado preocupa e me obriga a dizer que vivemos um período de abandono e de faz de conta. O “lixo” se acumula e isso me faz requerer de forma legal uma urgente FAXINA.
Enquanto o prefeito mandava anunciar (fazer publicidade) que estava na capital, Natal, tentando resolver o problema da iminente falta d’água da cidade de Luís Gomes (há quem acredite que a rota tenha sido outra) as comunidades de Carneiro e Alto dos Cândidos sofriam o drama de não receber água encanada porque a prefeitura deixou de pagar a conta da energia dos sistemas de bombeamento. Quase R$ 2.700,00 de débito com a COSERN, referente a quinze meses de atraso. Foram mais de trinta dias sem água nos Cândidos. Os moradores tiveram que fazer uma cotinha e a prefeitura entrou com o restante. Nos Carneiros o problema continua, agora por outro problema.
Falando ainda em pagamento de energia, recentemente as comunidades de Arara, Monte Alegre e Pitombeira também ficaram sem água e pelo mesmo motivo. A diferença é que lá foram “forçados” a agir rápido e nenhuma família precisou contribuir financeiramente, mesmo o valor do débito sendo superior a R$ 3.000,00. Qual santo ajudou nesse milagre: São Firmino ou São Tadeu? É provável que Lagoa de Pedra ainda não tenha sido vítima do descaso porque a vereadora Maria Gerusa, sabendo do histórico, paga com recursos dela os débitos para depois receber da Prefeitura. Comentários dão conta que a taxa de energia da Vila São Bernardo também está atrasada. Ouvi de moradores da própria comunidade que o débito com a COSERN gira em torno de R$ 15.000,00. Procurei o Tesoureiro Alisson Batista e ele disse não está informado sobre a situação. Apenas sabe que a prefeitura paga mensalmente um salário mínimo ao senhor Antonio Geomina pela água que é retirada do cacimbão de sua propriedade (de Antonio).
Cumprindo minha obrigação de parlamentar resolvi visitar na quarta feira, 24 de agosto, as comunidades de Carneiros, Altos dos Cândidos e São Bernardo para ouvir os moradores e entender sobre a questão da água nessa região. Também, 29 e 30 de agosto, vi de perto a situação de Lagoa do Mato, Lagoa de Pedra, Arara e Barro Vermelho. Essas e mais as comunidades de Coati, Lagoinha, Baixas, Monte Alegre, Pitombeira e Baixio são todas beneficiadas com o sistema de Abastecimento do Programa de Desenvolvimento Solidário – PDS - Programa gerenciado pelo Governo do Estado e administrado em cada uma dessas comunidades por Associações de moradores. Essas organizações, a maioria delas, são criadas apenas para receber os recursos e executar a obra, depois dessa fase a manutenção dos projetos depende da participação da Prefeitura Municipal. Abre-se exceção para o sistema de abastecimento de Lagoa do Mato e Baixio que mantém certa autonomia, pelo nível de organização alcançado pela comunidade, que cotiza e paga todas as despesas sem precisar apelar para a administração municipal. Por outro, em algumas situações, a Prefeitura não faz isso de graça. No caso de algumas delas, detentoras de espaços chamados de Centros de Múltiplo Uso, construídos com recursos do PDS, como são os casos do Sol Nascente, Alto dos Cândidos e Coati, são cedidos (sem termo de comodato) a Administração Municipal para servir de Escola, Posto de Saúde e Outros.
Falando nesses Centros o de Alto dos Cândidos está com a energia cortada há quase dois meses. A prefeitura que ocupa integralmente o espaço não pagou as contas, cerca de cinco mensalidades atrasadas. Como consequência a turma de Educação de Jovens e Adultos (EJA) que funcionava no turno noturno teve que passar para o vespertino.
Voltei à escola do Alto dos Cândidos ontem, 05 de setembro, e nada havia mudado: a energia ainda continuava desligada. Mais grave foi ver que o professor estava do lado de fora, sentado no chão sujo, e os alunos forçados a voltar para casa sem aula porque o prédio estava fechado. Ouvi de um deles que quando o EJA funcionava à noite, a merenda, quando tinha, era bolacha com doce. Percebendo o estado de completo abandono do local, principalmente também porque as paredes externas estão muito sujas, faltando parte do reboco e ainda trazia o slogan da última Administração (O Progresso Continua), perguntei a um dos moradores quando havia acontecido à última pintura do edifício. Ele respondeu prontamente que “apenas quando foi inaugurado”. Um vazamento agressivo na caixa d’água do dito prédio, fazendo o líquido descer pelas paredes de uma das salas e passar para a parte externa, completa a denuncia. Falar em parte externa a iluminação do alpendre não funciona porque as luzes estão todas queimadas. Fiquei no local até as 3 horas da tarde e sai porque precisava concluir um trabalho do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, motivo da minha passagem naquela comunidade.
Mais adiante dei de encontrar com os alunos da Escola dos Carneiros, já indo para casa, comendo bolacha, dessa de padaria, popularmente conhecida como “... comum”. Perguntei se aquilo era a merenda e eles disseram que sim. Indaguei ainda sobre o motivo de deixarem a Escola mais cedo. Responderam que não tinha água na escola. Informações dão conta que o problema já se repetiu várias vezes este ano.
Visitei os cacimbões de onde é tirada a água para abastecer Carneiros, Altos dos Cândidos e São Bernardo. Apenas o de Alto dos Cândidos tem cobertura, os demais, todos são abertos. As outras localidades são servidas com água de açude, exceto Lagoa de Pedra. Importante dizer que a água chega à casa das pessoas, em todos os casos, sem nenhum tratamento. Chamou à atenção a sujeira no cacimbão que serve para abastecer os Carneiros, no leito da Baixa da Onça. No de São Bernardo, caramujos (lesmas) podiam ser vistas com certa abundância. Fui informado pelos moradores que o hipoclorito de sódio distribuído pelos Agentes Comunitários de Saúde, para fazer o tratamento da água em casa, não era fornecido há dois meses. A Secretária Municipal de Saúde de Luís Gomes, Maria Andréia, quando informei sobre o problema, disse que o produto é fornecido pelo Estado e que o último lote chegou quase vencido. Antes de fechar esta matéria fui informado que já tinha hipoclorito à disposição.
Encontrei situação ainda mais crítica quando visitei a cisterna que recebe a água que vem do açude Arara e é distribuída aos moradores do Barro Vermelho. O reservatório, construído a cerca de 30 anos e que fica dentro da mesma área do Posto de Saúde dessa comunidade, pertencente à prefeitura, não é coberto. Como se não bastasse à sujeira, lama, havia ainda duas JIAS de bom tamanho, em estado de putrefação, boiando (Ver fotos). Um verdadeiro abandono. Chamou-me a atenção ainda o fato desse reservatório funcionar anexo ao Posto de Saúde, local de trabalho de profissionais que deveriam já ter tomado providências comunicando a Prefeitura e essa ter acionando a Vigilância Sanitária, os serviços do Educador em Saúde ou do Agente Comunitário do Setor. Estranhamente é nesse local onde presta serviço ou pelo menos deveria prestar, numa das equipes do PSF, o vice-prefeito, filho do local, Francisco Tadeu Nunes. Por onde anda o vereador Firmino, irmão do vice-prefeito Tadeu que não está vendo os problemas da sua base eleitoral mais fiel?
Procurei ontem a CAERN para me inteirar de como a empresa pretende administrar a situação que se avizinha e mais uma vez encontrei o escritório local fechado. O propósito era em todas as tentativas entender mais sobre o projeto dessa mini-adultora que deve trazer água do açude do Gessem (do Saco) para a nossa cidade. Ora, havia prenúncios, pela escassez das chuvas, de que era quase impossível não passar Luís Gomes pelo mesmo problema já enfrentado em tempos não tão distantes. Estamos no mês de setembro e até agora a CAERN apenas fez a picada por onde se espera deve passar os canos. É sempre oportuno desconfiar do governo principalmente quando temos motivos de sobra para isso. Há mais de trinta anos que se gasta dinheiro contratando empresas para fazer levantamento topográfico, foram alguns ao longo desses anos, para construir a estrada Luís Gomes-Venha-Ver e nada; prometeram água da Adutora do Alto Oeste para o mês de dezembro de 2010, revisaram para março de 2011 e também “deram cano nos luisgomenses”.
Vendo a possibilidade das chuvas não serem suficientes para encher o nosso reservatório manifestei preocupação, já nos meses de abril e maio, alertando ainda sobre a necessidade de se fazer economia d’água, através de dois pronunciamentos que fiz na Rádio Mandacaru. No mês de junho abordei com mais força a mesma temática, agora no plenário da Câmara Municipal e solicitei que fosse enviado ofício ao Governo do Estado pedindo pelo cancelamento imediato da cobrança da fatura que é feita mensalmente pela empresa. Reforcei e cobrei mais uma vez, na volta do recesso parlamentar, que o documento fosse encaminhado. Os demais vereadores apoiaram a iniciativa e enfim o Presidente da Câmara mandou redigir e esse entregou pessoalmente a propositura ao Diretor Estadual da CAERN na última viagem que esse fez a capital do Estado. Não resolve o problema, sabemos, mas alivia a situação de quem no momento é forçado a comprar água para beber.
O Promotor Público da Comarca Dr. José Ricardo de Lima, já de volta das suas férias, precisa também agir rápido. A CAERN precisa garantir aos cidadãos de Luís Gomes que resolverá o problema, apresentando inicialmente cronograma de trabalho e medidas emergenciais a ser adotadas caso a obra não seja concluída a tempo. O Ministério Público possui mecanismos para obrigar a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte a cumprir com sua obrigação que é a de fazer chegar água de qualidade as torneiras de cada consumidor desta cidade.
Ainda chamo a atenção do Promotor no sentido de proibir que as repartições públicas do município forneçam essa água aos funcionários e alunos quando o objetivo for para beber. Considere a manifestação do funcionário da CAERN José Firmino, que deve muito bem entender do assunto e disse em Sessão da Câmara por duas vezes “que a água do açude que abastece Luís Gomes não serve mais para beber”. Preocupa-me especialmente a situação das Escolas Municipais e Estaduais porque concentra maior número de pessoas, principalmente de crianças e adolescentes.
Enquanto isso... ELA não veio a Luís Gomes. Mas nem tudo foi perdido. Valeu a pena a limpeza, a faxina, que foi feita em toda a extensão da Avenida e em todo o trajeto que dá acesso ao Mirante. Lamentável foi à divulgação enganosa, parecia tão real. Fique triste não, é assim mesmo, faz parte. Talvez a ROSA ainda esteja ressentida com as palavras, ditas diversas vezes na última campanha eleitoral, de que ela, estava MURCHANDO. As palavras dilaceram a alma. Concordo com Angus Raiden, quando diz “não consigo ‘esquecer’ a dor que as palavras me causam. Não consigo ‘fazer de conta que não aconteceu’. Ou consigo ser forte o suficiente para ultrapassar a dor que essas palavras me causaram ou então elas constituirão, indubitavelmente, uma dor para a vida, eterna e perpétua, ainda que latente e adormecida”.
Luciano Pinheiro de Almeida, professor, sindicalista e vereador pelo Partido dos Trabalhadores – PT.
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