A população brasileira está menos confiante no sistema público de
saúde, nas escolas públicas e nos meios de comunicação. Entretanto, o
cenário é de estabilidade de acordo com o Índice de Confiança Social
(ICS), realizado anualmente pelo IBOPE Inteligência desde 2009. Com o
objetivo de acompanhar a relação de confiança da população com as
instituições e também com as pessoas de seu convívio social, o ICS
avalia 18 instituições e quatro grupos sociais. Além do Brasil, o ICS é
medido em Porto Rico e na Argentina desde 2009 e a partir de 2011 também
no Chile.
No Brasil, na análise dos três anos, a instituição sistema público de
saúde foi a que apresentou maior queda (tinha 49 pontos em 2009, passou
para 47 em 2010 e chegou a 41 pontos em 2011), seguida por escolas
públicas (tinha 62, passou para 60 em 2010 e obteve 55 neste ano) e
meios de comunicação (de 71 pontos em 2009, chegou a 67 no ano passado e
agora atingiu 55 pontos).
Como um “termômetro”, o ICS reflete o contexto social, político e
econômico dos países pesquisados. A Argentina em 2009, por exemplo,
quando começava a se recuperar de uma grave crise econômica, apresentou o
mais baixo índice entre os países. Em 2010, o ICS demonstrou um aumento
da confiança da população e em 2011 o país atinge o mais alto índice
geral (64 pontos).
No Brasil, a instituição presidente da República obteve um índice de
66 pontos em 2009, passou para 69 em 2010 e em 2011 caiu para 60. “A
queda de confiança nesta instituição pode ser explicada pela mudança de
presidente, uma vez que Lula possuía grande popularidade”, explica Malu
Giani, gerente de atendimento e planejamento do IBOPE Inteligência.
Pela terceira vez consecutiva, a instituição com maior pontuação
entre as 18 organizações foi o Corpo de Bombeiros (86). Igrejas e Forças
Armadas aparecem num segundo patamar, ambas com 72 pontos. Os menores
índices de confiança foram obtidos, mais uma vez, pelo Congresso (35) e
partidos políticos (28).
Fonte – Ibope
0 Comentários
Estamos aguardando seu comentário