20 de octubre de 2011, 10:23Trípoli,
20 out (Prensa Latina) Um manto de mistério e confusão cobre hoje a
Líbia depois da captura de Sirte por opositores a Muamar Kadafi, sobre
quem especula-se que foi ferido ou morreu em um bombardeio da OTAN.
À espera de confirmações oficiais e independentes, diversos meios
noticiosos nesta capital e na recém conquistada localidade do
Mediterrâneo informaram que Kadafi pode ter morrido quando tentava
abandonar sua cidade natal em uma caravana de carros.
A emissora
catari de televisão Al Jazeera citou fontes do Conselho Nacional de
Transição (CNT), segundo as quais, aviões da Organização do Tratado do
Atlântico Norte (OTAN) bombardearam vários veículos que fugiam de Sirte
pouco antes da declarada vitória insurgente.
O mesma emissora
árabe indicou que o líder líbio tinha ficado "criticamente ferido nas
duas pernas e foi levado em uma ambulância para a também costeira cidade
de Misratah, mas depois se manejou a hipótese, sempre sem verificação
objetiva, de que caiu em combate.
A televisão líbia falou de
captura junto com o porta-voz de Kadafi, Moussa Ibrahim, enquanto outras
fontes regionais citaram porta-vozes do CNT com a afirmação de que no
bombardeio, também morreu o chefe militar do governo Abubakr Yunnus.
Outros relatórios apontaram que um primo de Kadafi, identificado como
Ahmed Ibrahim, foi supostamente capturado por sublevados em Sirte.
O chefe do CNT, Mustafa Abdul Jalil, anunciou para as próximas horas
uma falação a jornalistas nesta capital, na qual se prevê que confirme a
conquista de Sirte, o último bastião de resistência à insurgência
iniciada no dia 17 de fevereiro com aberto respaldo da OTAN.
Jalil também confirmaria na coletiva de imprensa a sorte do líder que se
manteve na clandestinidade desde que, no dia 21 de agosto, os
sublevados entraram em Trípoli.
Enquanto isso, a propagação da
notícia gerou expressões de júbilo entre opositores de Kadafi que saíram
a pé e em carros às ruas capitalinas com bandeiras tricolores da época
monárquica, enquanto barcos ancorados na baía de Trípoli ativaram suas
sirenes.
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