As condições de saúde de 11 milhões de estudantes de escolas
públicas brasileiras serão avaliadas por médicos, enfermeiros e
dentistas das unidades básicas de Saúde a partir de março. Os
profissionais estarão em 50 mil escolas de dois mil municípios do país.
“Muitas vezes, um problema de saúde, se não for identificado, pode
atrapalhar o rendimento escolar”, disse a presidenta Dilma Rousseff no
programa de rádio Café com a Presidenta. Ela acrescentou que o governo
deverá ainda envolver os pais no combate à obesidade infantil, problema
que afeta um quinto das crianças brasileiras. “Reduzindo a obesidade
infantil, vamos prevenir outras doenças que podem ocorrer no futuro,
como a hipertensão e o diabetes”, explicou.
Dilma Rousseff destacou também as alterações no programa de vacinação
infantil, que ocorrem a partir de agosto. A vacina contra a pólio,
conhecida como paralisia infantil, será injetável nas duas primeiras
doses para bebês e crianças. “Há 22 anos não registramos nenhum caso de
paralisia infantil transmitido no país, mas a pólio ainda existe em 24
países. Como as pessoas viajam de lugar para outro e podem trazer o
vírus, precisamos manter nossas crianças protegidas”, destacou Dilma.
Entretanto, a dose oral, com a campanha do Zé Gotinha, irá continuar para manter a proteção de crianças até cinco anos de idade.
Outra alteração no calendário de vacinação se refere à vacina
pentavalente. Ela é a soma de duas vacinas já existentes: a da hepatite B
e a tetravalente. “Com uma só injeção, a vacina pentavalente vai
proteger agora a criança contra cinco doenças: o tétano, a difteria, a
coqueluche, a hepatite B e um tipo de meningite grave”, disse. “A
combinação das vacinas é boa para a criança, que vai precisar tomar uma
injeção a menos, mas também é um avanço no processo de vacinação”,
completou.
A presidenta lembrou também que a meta do governo é investir R$ 7,6
bilhões para construir seis mil escolas de educação infantil até 2014.
(Estadão)
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