A Copa do Mundo
de 2014 vai ter venda de cerveja liberada nos estádios, garantiu nesta
quarta-feira o secretário-geral da Fifa, Jêróme Valcke, firmando posição
num tema que tem provocado discórdia no Congresso e que ameaça adiar
ainda mais a aprovação da Lei Geral da Copa no Brasil.
A
lei, um conjunto de regras e garantias exigidas pela Fifa para a
realização do Mundial, estava prevista para ser votada no ano passado na
Câmara dos Deputados, mas divergências em temas como a venda de
cerveja, o preços dos ingressos e as responsabilidades do governo
brasileiro travaram as negociações. Valcke,
que está no Brasil para acompanhar os preparativos do país e,
principalmente, tentar fechar um acordo com o governo e os parlamentares
para aprovar a lei, disse que a Fifa aceitou vários pedidos do governo
brasileiro, como na questão dos ingressos populares, mas que não admite
negociar sobre a venda de cerveja.
"A
bebida alcoólica é parte da Copa do Mundo da Fifa, então vai ter. Me
desculpe, eu posso parecer um pouco arrogante, mas isso é algo que a
gente não negocia. Tem que ser parte da lei o fato de que nós temos o
direito de vender cerveja", disse Valcke em entrevista à imprensa
estrangeira no Rio de Janeiro, onde participará na quinta-feira de uma
reunião com o comitê organizador local do Mundial.
Para
a Fifa, a venda da cerveja nos estádios é uma questão comercial. A
federação internacional tem acordo de patrocínio há mais de 25 anos
(desde a Copa do Mundo de 1986, no México) com a marca norte-americana
Budweiser, que atualmente faz parte do maior grupo de cerveja do mundo, o
Anheuser-Busch InBev.
Exame.com
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