É lamentável e
acima de tudo vergonhoso esse renascimento na mídia de FHC e Delfin
Neto (os mais venais entre os brasileiros das dez últimas gerações),
promovido pelo PIG (Partido da Imprensa Golpista). Malandros,
estelionatários perigosíssimos eles ditam manchetes: “Privatização não é
questão ideológica” (FHC).
Delfin
é aquele denunciado por receber propina de 10% pela compra de projetos
financiados pelos petrodólares, quando embaixador do Brasil em Paris.
Depois foi eleito deputado federal (pelos patrões) sem ser político.
Posam de intelectuais para esconder o propinoduto que alimenta a sua
verve. Leiam O Brasil Privatizado de Aloysio Biondi e Privataria Tucana
de Amaury Ribeiro Jr. É necessário reler também o clássico A Miséria da
Filosofia de Karl Marx que é obra de leitura indispensável. “Importante
pelo poder que o texto tem de fundamentar historicamente a pauta do
debate contemporâneo: mercado globalizado, fim do emprego, miséria,
salário mínimo, desemprego, fusão de grandes empresas, inflação, crise
das bolsas de valores, lucros exorbitantes dos bancos, políticas
públicas em crise, greves, Mercado Comum Europeu, Mercosul...”
Sobre
o assunto, vale a pena ver alguns textos selecionados abaixo, no blog
Conversa Afiada, do jornalista Paulo Henrique Amorim.
“Forum Social quer CPI da Privataria Já! – Bomba! Bomba! Veja da Privataria na capa!”
Pois
é. Todo este progresso e inclusão anunciados no Brasil nos levarão à
crise da Europa, cuja origem está nas recomendações das reuniões
realizadas em Davos na Suiça. E chegaram até as nossas favelas
miseráveis e preparadas para a guerra civil, ao semi-árido nordestino
despovoado onde vivo, a Wall Street, a be-líssima e organizada Cingapura
da imprensa vip, ao engodo do crédito financeiro obrigatório agora em
seitas e macumbas como a de Edir Macedo, recebendo dí-zimos e oferendas
em pagamentos feitos em cartões de crédito, dividido em pres-tações.
Chegará finalmente a enganação da governabilidade para salvar empregos e
negócios milionários. E o povão habituado a receber ajudas entra na
conversa para salvar migalhas (bolsa, cesta, aluguel social, aquela
preguiça de Macunaima, etc). Sei que me apelidarão de dinossauriano mas
insisto filosoficamente: sempre a luta do velho contra o novo. E cá
entre nós, afilhados do Padrinho Cícero do Juazeiro, cumpre-se a sua
profecia: chegou a hora da “roda grande rodar dentro da roda pequena”.
Os
novos sujeitos sociais dominam a cena. Sobram empregos no país. Vi esta
cena em Berlim e Bonn na dácada oitenta do século passado. Europeus de
Portugal e da Espanha, do Leste, imigrantes pobres do Oriente, da
África, lim-pavam ruas, lavavam panelas. O orgulhoso alemão entregava-se
á nobre tarefa de especular em todos os sentidos. Hoje no Brasil,
servente de pedreiro tem que vir do Haiti, como temos visto no
noticiário da tv. Reproduzindo um cena da literatura de Camus os nossos
patrícios se identificam como partidários do governo (ins-crição nos
projetos e programas de integração social, não precisam trabalhar) e
recebem ajudas, não se submetem a regras. A presidente Dilma precisa
abrir os olhos. Ainda há tempo para evitar, para mudar.
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Por: Dr. Eilzo Matos
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