Bruna Almeida, rainha da São Clemente, escola que abriu a segunda noite de desfiles do Grupo Especial do Rio. (Foto: Alexandre Durão/G1)
Uma mistura de Broadway com Brasil encheu de musicais famosos e
queridos pelo público o início da segunda noite de desfiles do Grupo
Especial no Rio de Janeiro. Com o enredo "Uma Aventura Musical na
Sapucaí", a escola de samba São Clemente apostou suas fichasna viagem
musical por peças que vão de Cats” a “Ópera do malandro” para provar que
merece permanecer entre as escolas da elite do samba carioca.
Depois de alguns anos subindo e descendo do Grupo Especial ao Grupo de
Acesso, a escola conseguiu em 2011 se manter na elite do samba no
carnaval deste ano.
Elementos do universo do teatro estiveram presentes em todo o desfile:
solos de violino acompanharam as "paradinhas" da bateria, que animaram o
público a cantar o refrão do samba da escola, puxado pelo jovem Igor
Sorriso, 24 anos, considerado o "menino prodígio" do samba. "Vai comigo,
São Clemente!", foi o grito que anunciou a entrada da agremiação da
Zona Sul do Rio.
A obra de Chico Buarque foi retratada várias vezes ao longo da
apresentação da escola. O quarto carro da São Clemente, chamado de "Roda
Viva", foi uma homenagem ao primeiro trabalho do compositor no teatro,
que virou símbolo de resistência contra a ditadura militar.
Para afastar de vez o fantasma do rebaixamento, a São Clemente levou
para a Avenida cerca de 3,3 mil componentes, divididos em 34 alas e sete
carros alegóricos.
Na saída da bateria, houve um princípio de briga entre integrantes da
escola com seguranças da Sapucaí. Nenhum problema maior foi registrado.
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