
A corregedora Nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon,
defendeu, no fim de semana, durante palestra em Salvador (BA), a
eleição direta para os cargos de direção dos tribunais. Ao lembrar dos
avanços alcançados pela Corregedoria durante a sua gestão, que termina
no início do mês de setembro, Eliana Calmon recordou situações vividas
nos estados do Tocantins, Amazonas e São Paulo, onde novos dirigentes
tiveram a ajuda da Corregedoria na adoção de medidas que trariam
melhorias à gestão dos tribunais e maior transparência, mas que iam de
encontro às políticas adotadas pelas administrações anteriores.
Hoje, apenas os juízes de segunda instância votam nas eleições da
direção dos tribunais e a escolha é feita entre os membros de maior
antiguidade. A ministra defendeu que os juízes de primeiro grau também
possam eleger os membros da direção dos Tribunais e que o critério da
antiguidade não seja determinante.
“Deixo alguns tribunais saneados. Minha maior satisfação foi chegar a
São Paulo e conseguir constatar, durante a inspeção realizada nessa
nova direção, que foi possível colocar o tribunal num patamar que começa
a acertar o passo. Esse tribunal pediu um diagnóstico de precatórios e
estão sendo cumpridas todas as metas colocadas pela Corregedoria. Já
foram pagos R$ 300 milhões e são Paulo estava há dois anos sem pagar
precatórios”, disse a ministra.
Segundo a corregedora, muitos dos avanços só foram obtidos porque
dirigentes destas Cortes se mostraram abertos a mudanças e se
comprometeram em fazer as correções de rumos necessárias. “Isso só foi
possível porque as cabeças pensantes desse país começaram a fazer a
mudança”, complementou.
(Com Agências)
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