21/12/2012: Fim do mundo ou começo de novos tempos? Você decide!


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Até onde minha memória alcança, várias vezes ouvi falar no fim do mundo.
Lembro, quando criança, que num determinado dia, marcado para terminar o mundo, minha mãe, muito preocupada, não deixou que saíssemos de casa. Ficamos o dia todo quietinhos perto dela, aguardando os acontecimentos.
No dia seguinte acordamos e, felizes, percebemos que tudo estava como antes.
O mundo não acabara.
E assim, de tempos em tempos, o assunto “fim do mundo” reaparece, de
diferentes maneiras, alimentando o imaginário das pessoas, criando pânico, levando pessoas ao suicídio e favorecendo alguns espertalhões, que visam levar vantagem em tudo.
Em geral, as profecias que falam do fim do mundo estão ligadas a crenças
religiosas, mas até para povos pagãos essas previsões causavam muito medo. Como é o caso da erupção do vulcão Vesúvio em 79 dC, vista pelos romanos como um sinal do apocalipse, devido à previsão do filósofo romano Sêneca, que morreu em 65 dC, de que a Terra se transformaria em fumaça.
O Grande Incêndio de Londres, em 1666, também foi tido como um sinal do fim dos tempos.
Alinhamentos planetários, passagem de asteroides, terremotos, tsunamis,
guerras têm inspirado muitas das previsões sobre o fim do mundo.
A chegada do Cometa Halley, que acontece a cada 76 anos, em 1910 provocou pânico entre europeus e americanos que acreditavam ser um prenúncio do fim.
Em 1997, trinta e nove pessoas que faziam parte de um grupo religioso
chamado Portão do Paraíso, cometeram suicídio na Califórnia, quando o cometa Hale-Bopp estava no seu ponto mais próximo da terra, por acreditarem que um OVNI iria resgatá-los da Terra onde eles estavam condenados ao fracasso.
A tecnologia também entra no rol das profecias apocalípticas.
No ano 2000 a previsão era de que o desastre viria de um erro no sistema dos computadores, o Bug do Milênio, que levaria a humanidade ao caos total.
Até o LHC (Large Hadron Collider), o maior acelerador de partículas, que entrou em funcionamento em setembro de 2009, foi tema de teorias apocalípticas.
Acreditava-se que criaria um buraco negro que poderia engolir a Terra.
Este ano não está sendo diferente.
Em diversas culturas ancestrais o ano de 2012 aparece marcado em seus calendários como o ano do fim de uma era.
Povos como maias, celtas, os antigos egípcios, profetas como Nostradamus e outros, chineses, hindus, budistas, além de cientistas e religiosos das mais diferentes crenças dizem que o mundo, como conhecemos, pode estar com os dias contados.
E, para eles, tem data marcada para acabar: o próximo dia 21.
Mas, o que dizem as profecias?
A primeira delas vem da extinta civilização maia.
Segundo o calendário desse povo, o mês de dezembro de 2012 marca o fim de
um ciclo, e no dia 21 o sol nascerá alinhado com o centro da Via Láctea.
Este acontecimento astronômico, que só se repete a cada 26 mil anos, viria acompanhado por uma onda de transformações que podem levar à extinção da vida no Planeta Terra.
Outras profecias falam que os maiores perigos viriam do espaço: queda de um
grande asteroide, que poria em risco o planeta; colisão com um corpo celeste, que poderia ser tanto um planeta, ou uma pequena estrela, chamado de Nibiru, ou planeta X; mudança do eixo da terra e inversão dos polos e do campo magnético da Terra, com consequências catastróficas para a humanidade.
Embora nenhuma dessas teorias tenha respaldo científico e apesar de já terem
sido desmentidas, muitas pessoas, em vários lugares do planeta, estão se preparando para “enfrentar” o fim do mundo: armazenando alimentos, tirando dinheiro de bancos e colocando em local seguro.
Na Internet, vários sites postam guias de sobrevivência, a maioria baseados nas orientações das Forças Armadas dos Estados Unidos para situações de emergência.
Do ponto de vista espiritualista, estudiosos e sensitivos afirmam que o mundo
não vai acabar, mas passará por uma grande transformação que já começa a ser
sentida e que vai permanecer por alguns anos.
A Terra passará de terceira para a quarta dimensão.
Esse salto quântico trará mudanças fundamentais na estrutura e na energia do planeta.
Essas mudanças não se referem apenas à estrutura material da Terra, mas,
principalmente, à essência de cada um de nós, que aqui estamos para aprender e
evoluir.
Assim sendo, penso que talvez estejamos no momento certo para pôr fim ao
nosso pequeno mundo de imperfeições e mazelas e começar um novo mundo interior, livre de preconceitos, de medos, de atitudes mesquinhas, onde o riso ocupe o lugar das lágrimas e prevaleça o respeito ao próximo, à Natureza e ao planeta.
E para isso não é preciso esperar o próximo dia 21.
Esse novo mundo pode começar agora.
Pense nisso.
 
Por Luisa Borges

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