Jornalista Vladimir Herzog, morto durante a ditadura militar
A
família do jornalista Vladimir Herzog, morto em 1975 durante a ditadura
militar, recebe nesta sexta-feira (15) uma versão retificada do
atestado de óbito. O novo documento, revisado após determinação da
Justiça, consta como causa da morte "lesões e maus tratos sofridos
durante o interrogatório em dependência do 2º Exército (DOI-Codi)", em
substituição à versão de "asfixia mecânica por enforcamento", divulgada
pelo exército ao alegar um suposto suicídio. "É uma grande vitória.
Quando você tem um atestado mentiroso e é obrigado a aceitá-lo é quase
que um processo de humilhação para família", disse Ivo, um dos filhos do
jornalista. A alteração no documento ocorre após um pedido da Comissão
Nacional da Verdade, acatada pelo juiz Márcio Bonilha Filho, da 2ª Vara
de Registros Públicos de São Paulo. Para Marco Antonio Barbosa,
presidente da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos
da secretaria de Direitos Humanos e advogado da família, a retificação
do documento é "essencial e importante para a consolidação de um Estado
democrático de direito". Informações da Folha./BN/Blog a Tromba
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