Corrupção é responsável pelo abandono de diversas obras pelo Brasil
Pequenos
construtores subcontratados para tocar obras do Minha Casa Minha Vida
em municípios brasileiros com menos de 50 mil habitantes revelam que só
conseguiam entrar no programa se pagassem propina à empresa RCA
Assessoria. Segundo empresários ouvidos pelo jornal O Globo, a empresa
montada por ex-funcionários do Ministério das Cidades cobrava das
empreiteiras uma taxa que variava de 10% a 32% do valor do imóvel
construído. Em alguns casos, o pedágio inviabilizou o trabalho e as
obras acabaram abandonadas. Apesar das declarações dos empreiteiros, a
RCA nega cobrar qualquer taxa das companhias. O dono da KL Construções,
Rubens Amaral, afirmou ao diário fluminense que repassou mais de R$ 400
mil para a RCA liberar o dinheiro das casas populares que construiu no
Maranhão. O empresário contou que sofreu represálias quando não
transferiu adiantadamente os recursos do pedágio. Segundo ele, assim que
o alicerce da casa ficava pronto, metade dos 13% acordados tinha de ser
repassada. Amaral garante que depois que o esquema foi revelado, há
duas semanas, os ex-servidores criaram um esquema de empresas de fachada
para operar o programa do governo federal, e tem recebido os recursos
com mais facilidade. Uma auditoria foi aberta no Ministério das Cidades
para investigar o caso. O Senado aprovou um requerimento para que o
Tribunal de Contas da União (TCU) faça uma auditoria no Minha Casa,
Minha Vida.
Agências e Blog a Tromba.
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