Deve
ser votado no Senado na primeira quinzena de junho o projeto que
modifica o Código de Defesa do Consumidor. Segundo o senador Ricardo
Ferraço (PMDB-ES), relator do texto, a proposta da mudança é construir
uma legislação equilibrada. "O ponto central é não agir com radicalismo
porque, se você agir com radicalismo, você marca uma posição, mas não
faz a legislação avançar”, avaliou Ferraço. Além de manter, em projetos
de lei separados, sugestões sobre superendividamento, ações coletivas e
comércio eletrônico feitas por uma comissão de juristas presidida pelo
ministro do Superior Tribunal de Justiça, Herman Benjamin, Ferraço vai
incluir na proposta um projeto que prevê o fortalecimento dos Procons e
outro que trata da publicidade infantil. Apesar da decisão do relator, o
presidente da comissão que discute o assunto, Rodrigo Rollemberg
(PSB-DF), considera que a publicidade voltada às crianças não foi
discutido suficientemente a ponto de avançar. “Eu vejo zero de
possibilidade de [o projeto] ser aprovado porque é uma coisa
extremamente polêmica”, declarou. Já a proposta que propõe que as
conciliações entre clientes e empresas nos órgãos de proteção e de
defesa do consumidor tenham validade de decisão judicial foi solicitada
por especialistas da área em uma das audiências públicas feitas pela
comissão. Se aprovada, caso o prestador de serviço não cumpra o acordo
firmado nos Procons, a execução poderá ser feita diretamente pela
Justiça, sem necessidade do consumidor entrar com um novo processo.
Informações da Agência Brasil
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