O que era para ser um momento de críticas, reflexão e
construção de diálogo com a sociedade e o poder público transformou-se em um
filme de suspense. Desde o início do protesto, às 16h, os manifestantes
esconderam o roteiro que seria seguido e o local de encerramento do protesto.
Diferente dos outros protestos, os manifestantes aceitaram
bandeiras de partidos, de sindicatos e em menor número fizeram plenária de
início e seguiram pela BR-101. Aos poucos, o protesto ganhou participação
popular e quando a noite chegou o número de manifestantes passou de menos de
100 no início para 600.
Em passeata eles seguiram pela BR-101, não pararam no Centro
Administrativo e ao passar na entrada do viaduto do Quarto Centenário, subiram
a ladeira dando a entender que iriam desviar pela Prudente de Morais.
Com bandeiras e cartazes bem humorados, os manifestantes
seguiram de forma pacífica sob olhares dos policiais que de longe, acompanhavam
o protesto. Depois de duas horas de caminhada, o grupo chegou ao canteiro do
Arena das Dunas e sem aparente motivação, começaram a jogar pedras na
construção do estádio.
Nesse momento, os policiais entraram pela primeira vez no
confronto direto com os manifestantes, principalmente os primeiros, que
caminhavam um pouco a frente dos demais e usavam máscara.
Na mesma velocidade em que avançavam pela Avenida Lima e Silva, os manifestantes
desviaram voltaram pela Avenida Romualdo
Galvão, causando pânico entre os motoristas que em marcha ré tentavam desviar
da multidão.
Eles seguiram pela Avenida Aminhas Barros e voltaram para a
BR-101 na altura da Salgado Filho. O protesto continuou em passeata passando
por centros comerciais, faculdades e até pelo shopping Midway onde um grupo de
manifestantes praticou atos de vandalismo no mês passado.
Pequenos grupos provocaram a Polícia durante todo o
protesto, que gerou o resultado negativo dos atos de vandalismo no centro da
cidade. O que começou de forma pacífica, terminou com depredações de prédios
públicos e lojas particulares nas ruas Apodi e Avenida Rio Branco.
A onda de vandalismo provocou reações da sociedade nas redes
sociais e os que antes defendiam o protesto, começam a criticar os atos de
vandalismo.
César Augusto / Nominuto.com
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