Foto: Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde
anunciou, esta semana que até o final do ano, 4 mil médicos
cubanos vão chegar ao Brasil para atuar nas cidades que não atraírem
profissionais inscritos individualmente no Mais Médicos. Na
segunda-feira chegam 400 profissionais, que vão passar pelo mesmo
processo de avaliação dos médicos com diploma estrangeiro e sem
revalidação do diploma inscritos na primeira etapa do programa.
Nem
o Ministério da Saúde, nem a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas),
que vai intermediar o acordo com o governo cubano, sabem dizer quanto
estes profissionais vão receber pelo trabalho. "O ministério passa o
mesmo valor unitário e é a Opas que vai fazer a negociação com Cuba",
disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, acrescentando que o acordo
é entre a Opas e Cuba. O ministro ressaltou que os médicos vão suprir a
demanda de parte dos 701 municípios que não foram selecionados por
nenhum médico na primeira edição do programa.
As
duas instituições informaram também que é o governo de Cuba que decide
se os profissionais vão poder trazer sua família para o Brasil. O
ministro ressaltou que, assim como com os outros profissionais, a
alimentação e moradia dos médicos são responsabilidade dos municípios
que os receberão.
No
dia 4 de outubro, mais 2 mil médicos cubanos devem chegar ao país para
uma nova etapa. Assim como os que se inscreveram individualmente, os
médicos cubanos que vêm pelo acordo com a Opas não vão precisar passar
pelo Revalida (Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por
Instituições de Educação Superior) e, por isso, terão registro
provisório por três anos para atuar na atenção básica e com validade
restrita ao local para onde forem designados.
Padilha
ressaltou que todos os médicos que virão nesta primeira etapa já
participaram de outras missões internacionais e têm especialização em
medicina familiar e comunitária. Mais de 84% deles têm mais de 16 anos
de experiência na medicina.
De
acordo com Padilha, o acordo que o governo brasileiro tem com a Opas
permite que a entidade faça parceria com outros países e outras
organizações. A pasta vai investir R$ 511 milhões até fevereiro de 2014
com a vinda dos médicos cubanos.
Na
primeira edição, o Programa Mais Médicos selecionou 1.618 profissionais
para atuar em 579 postos da rede pública em cidades do interior do país
e periferias de grandes centros. Desse total, 1.096 médicos têm diploma
brasileiro e 522 são médicos formados no exterior. Os participantes do
programa correspondem a 10,5% dos 15.460 profissionais necessários,
segundo demanda apresentada pelos municípios. O balanço foi divulgado
hoje (14) pelo Ministério da Saúde.
Todos
os médicos com diploma estrangeiro e sem revalidação vão passar por
três semanas de capacitação, com foco no funcionamento do Sistema Único
de Saúde (SUS) e na língua portuguesa, antes de começarem a atuar.
Durante o período de atuação, terão o trabalho supervisionado por
universidades.
Agencia Brasil
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