Foto: Elza Fiúza / Agência Brasil
O
procurador-geral da República, Roberto Gurgel, deu parecer pela
cassação do mandato da governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), e
de seu vice, Washington Luiz Oliveira (PT) por abuso de poder político e
econômico nas eleições de 2010. O processo foi movido pelo
ex-governador José Reinaldo Tavares, que disputou as eleições para o
Senado em 2010, e tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As
investigações mostraram que o governo do Estado intensificou a
celebração de convênios e aumentou o repasse de recursos para os
municípios do Estado às vésperas das eleições de 2010, "especialmente no
mês de junho e nos três dias que precederam a convenção" em que Roseana
foi lançada candidata à reeleição. Conforme dados do parecer, nos três
dias antes da convenção, foram firmados 670 convênios, cujo valor
superou R$ 165 milhões para diversos municípios do Estado. Os convênios
eram firmados em tempo recorde, conforme o MP, e serviriam para
financiar pavimentação de ruas, construção de quadras e distribuição de
casas populares. "No prazo de dois dias, eles eram assinados, publicados
no órgão oficial e o dinheiro creditado na conta do município, cujos
saques, de acordo com notícia nos autos, eram feitos em espécie,
diretamente na boca do caixa", afirmou Gurgel no parecer. O processo
contra Roseana aguardava o parecer para ser julgado pela Justiça
Eleitoral. Não há prazo para que o caso seja levado ao plenário da
Corte.
Agencias.
0 Comentários
Estamos aguardando seu comentário