Rede critica estratégia de Marina Silva e acusa de ter cometido "sincericídio"

Alfredo Sirkis (Ex-PV-RJ) deputado federal, sobre Marina Silva: 'Falha como operadora política, comete equívocos de avaliação estratégica e tática, cultiva um processo decisório ad hoc e caótico' (Monique Renne/CB/D.A Press - 28/9/11)



A rejeição pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do registro da Rede Sustentabilidade e a indefinição da principal liderança da legenda, a ex-senadora Marina Silva, sobre seu futuro partidário abriram uma crise entre seus apoiadores. O principal bombardeio veio da própria Rede. Em um texto publicado em seu blog, um dos principais apoiadores do partido, o deputado federal Alfredo Sirkis (RJ), disse que Marina falha como operadora política, comete "equívocos de avaliação estratégica e tática", cultiva um processo decisório caótico, "reage mal às críticas e opiniões fortes discordantes e não estabelece alianças estratégicas com seus pares". Ele chamou a sua manifestação de "sincericídio".

Anteontem, depois do encerramento da sessão do TSE que sepultou a possibilidade de Marina ser candidata pela Rede nas eleições de 2014, Sirkis e outros apoiadores da sigla se reuniram de madrugada com Marina para pressionar a ex-senadora a decidir ainda ontem seu destino político. Para disputar ano que vem, ela tem até hoje para se filiar a alguma legenda. Segundo relatos de integrantes da Rede, os dois discutiram. Sirkis, que deixou o PV ontem, reclamou que a ex-senadora estava pensando apenas nela e deixando de lado os companheiros, especialmente os que têm mandato eletivo e precisam de uma legenda para participar da disputa. Segundo ele, os erros começaram em 2010. "A saída do PV foi precipitada por uma tragédia de erros de parte a parte. Agora, ironicamente, ficamos à mercê de algum outro partido, possivelmente ainda pior do que o PV", avaliou ele.

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