O Estadão publicou ontem reportagem, revelando a
investigação de políticos do PSDB, DEM, PMDB,PTB e PPS no esquema do
cartel que fraudava licitações do Metrô de São Paulo e da Companhia
Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM.
A denúncia consta de relatório do ex-diretor da Siemens, Everton
Rheinheimer, entregue em abril ao Conselho Administrativo de Defesa
Econômica (Cade).Ele disse ter documentos que provam a existência de um
forte esquema de corrupção no Estado de São Paulo, durante os governos
dos tucanos Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra.
O Jornal Hoje, da TV Globo, fez o mesmo: Políticos são acusados de envolvimento em cartel.
As semelhanças não param na manchete.
Na tentativa desqualificar a acusação contra os tucanos, o Jornal Hoje, tal qual o Estadão, enrola o PT e Cade na denúncia.
Envolve deputado estadual licenciado Simão Pedro, do PT de São Paulo, atualmente secretário de Serviços da cidade de São Paulo.
O Jornal Hoje afirma:
A reportagem diz ainda que Everton
Rheinheimer admite ser o autor da carta anônima enviada em 2008, que
deflagrou a investigação do cartel dos trens e que ele teve ajuda de
Simão Pedro para se encontrar com o presidente do Cade.
Simão Pedro é deputado estadual do PT de
São Paulo. Ele está licenciado e hoje é secretário de Serviços de
Fernando Haddad, também do PT.
Segundo a reportagem do O Estado de S. Paulo,
Rheinheimer disse que o acordo envolvia a indicação dele para um cargo
executivo na Vale. A assessoria da empresa informou que Everton
Rheinheimer nunca trabalhou na empresa.
O secretário municipal de Serviços de São
Paulo, Simão Pedro, disse que quando era deputado estadual recebeu
denúncias de pagamento de propina em contratos da CPTM e do metrô e que
encaminhou tudo para o Ministério Público de São Paulo.
A Globo gastou 44s da reportagem de 6m42s acusando o PT. Um lixo!
Abaixo o texto da matéria do Jornal Hoje.
Edição do dia 21/11/2013
21/11/2013 14h23 - Atualizado em 21/11/2013 14h28
Seis políticos são acusados de envolvimento em formação de cartel
Ex-diretor da Siemens, Everton Rheinheimer, fez a denúncia. Caso foi revelado em reportagem do jornal O Estado de S.Paulo.
Renato Biazzi, São Paulo
A edição desta quinta-feira (21) do jornal O Estado de S. Paulo
revela que um ex-diretor da Siemens envolveu o nome de políticos do
PSDB, do DEM , do PMDB e do PPS nas investigações sobre a formação de
cartel em licitações do Governo de São Paulo. As licitações foram feitas
entre 1998 e 2008.
Segundo a reportagem, em um relatório entregue em abril ao Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o ex-diretor da Siemens,
Everton Rheinheimer, disse que tem documentos que provam a existência de
um forte esquema de corrupção no estado de São Paulo, durante os
governos Covas, Alckmin e Serra.
De acordo com Rheinheimer, esse esquema tinha como objetivo principal
o abastecimento do caixa dois do PSDB e do DEM. Ele afirmou que o
lobista Artur Teixeira disse que atual secretário da Casa Civil do
governo Alckmin, do PSDB, Edson Aparecido, recebia propina das
multinacionais suspeitas de participar do cartel dos trens.
O deputado Arnaldo Jardim, do PPS de São Paulo, também é citado como
outro beneficiário. Segundo a reportagem, outros quatro políticos são
citados pelo ex-diretor da Siemens como envolvidos com a Procint,
empresa do lobista Artur Teixeira, suspeita de intermediar a propina a
agentes públicos.
Os políticos mencionados são o senador Aloísio Nunes Ferreira, do
PSDB, e os secretários estaduais José Aníbal, de Energia, Jurandir
Fernandes, dos Transportes, e Rodrigo Garcia, do Desenvolvimento
Econômico.
Ainda de acordo com a matéria, Rheinheimer diz em seu texto que os
nomes de Aparecido e Arnaldo Jardim foram mencionados por Artur Teixeira
como os destinatários de parte da comissão paga pelas empresas.
Sobre Aloysio Nunes Ferreira, Jurandir Fernandes e Rodrigo Garcia, o
ex-diretor afirmou que teve a oportunidade de presenciar o estreito
relacionamento deles com Artur Teixeira. Sobre José Aníbal, o
ex-executivo disse que Artur Teixeira tratava diretamente com o assessor
do político, o vice-prefeito de Mairiporã, Silvio Ranciaro.
O ex-diretor da Siemens apontou também o vice-governador do Distrito
Federal, Tadeu Filipeli, do PMDB, e o ex-governador do estado, José
Roberto Arruda, sem partido, como políticos envolvidos com a empresa MGE
Transportes, apontada pelo Ministério Público como fornecedora da
Siemens e de outras companhias do cartel.
Conceição Lemes/Blog a Tromba
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