A
redução da maioridade penal, tema considerado polêmico e longe de ser
consenso dentro e fora do Congresso Nacional, será discutido no Senado.
Uma reunião extraordinária da Comissão de Constituição e Justiça da
Casa, marcada para esta terça-feira (12), inicia a votação de seis
emendas à Constituição que reduzem a idade para imputação de punição.
Apenas a proposta que prevê a redução para 16 anos em casos específicos,
como crimes inafiançáveis – tortura, terrorismo, tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins e crimes hediondos – ou reincidência, desde
que haja parecer do promotor da infância e autorização da Justiça. Há,
contudo, sugestões consideradas mais radicais, como a que considera
penalmente imputáveis os maiores de 13 anos em caso de crimes hediondos;
ou proposta que, além reduzir a maioridade para 16 anos, torna o voto
obrigatório para a mesma idade. É a primeira vez que o Senado discute o
tema nessa legislatura. Em abril, o governador de São Paulo, Geraldo
Alckmin (PSDB), encaminhou ao Congresso projeto para elevar de três para
até oito anos a punição a jovens que cometem delitos graves. Isso
ocorreu depois que um estudante foi morto na capital do Estado por um
adolescente apreendido um dia antes de completar 18 anos. Hoje, um
adolescente que comete crime pode ficar internado por, no máximo, três
anos e até os 21 anos. O crime não fica registrado nos antecedentes do
jovem.
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