Presidente do Conselho de Direitos Humanos afirma que RN vive “guerra civil”


O presidente do Conselho de Direitos Humanos do Rio Grande do Norte, Marcos Dionísio Medeiros Caldas, afirmou que a pesquisa realizada pelo Estadão (onde o Rio Grande do Norte é apontado como o terceiro com maior número de crimes) não surpreende. Ele definiu que o Estado potiguar vive uma “guerra civil”.
“Efetivamente, o clima de insegurança no Rio Grande do Norte chegou a situação de absoluto descalabro. Em 2013 já ocorreram 1.524 homicídios, sendo 522 em Natal”, destacou. Ele citou que a média nacional é 25,4 homicídios por cada grupo de 100 mil pessoas. Em Natal, essa estatística supera os 60 por cada grupo de 100 mil.
“Tem cidades como Macaíba (região metropolitana) onde são 137 homicídios por cada grupo de 100 mil. E no Estado temos outras tragédias como assassinatos de membros do LGBT e estão ocorrendo periodicamente assassinatos de moradores de rua”, comentou.
Ele citou que há seis grupos de extermínio atuando na região metropolitana. Marcos Dionísio chamou atenção para a Copa do Mundo de 2014, que terá Natal como uma das cidades sedes. “Tem um corredor da morte muito próximo ao desenho da Copa do Mundo em Natal. Vamos receber a Copa no meio de uma guerra civil”, ressaltou, chamando atenção para o aumento da exploração sexual de crianças e adolescentes.
O presidente do Conselho de Direitos Humanos chamou atenção ainda para um fato que ocorreu esta semana, quando policiais, no município de São Miguel do Gostoso (litoral Norte do Estado), estavam em perseguindo bandidos, quando o carro parou porque foi bloqueado por falta de pagamento no aluguel da viatura.

Postar um comentário

0 Comentários