A Portuguesa
obteve uma vitória importante na batalha judicial para retornar à Série A do Campeonato Brasileiro. O
Ministério Público de São Paulo instaurou um inquérito civil contra a
Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o Superior Tribunal de Justiça
Desportiva (STJD) para investigar a punição da perda de pontos pela escalação
irregular do meia Héverton e que levou ao rebaixamento.
O Ministério avalia que, como não houve comunicação da punição antes da
partida, a pena não tem valor jurídico. "Há fortes indícios de que houve
irregularidade", diz Roberto Senise Lisboa, promotor de Justiça do Consumidor.
"Existe a possibilidade de a Portuguesa permanecer na Série A", conclui. No dia 22 de janeiro, representantes da CBF, STJD e da Portuguesa foram
convocados para participar de uma audiência para apresentar esclarecimentos. A
partir daí, o ministério vai definir o rumo das investigações.
A falha que o Ministério Público pretende investigar se refere à notificação
da punição do meia Héverton à Portuguesa. O Estatuto do Torcedor determina a
necessidade de publicação da punição no site da CBF para que ela seja válida. No
caso do meia da Portuguesa, a punição só foi publicada na segunda-feira, após a
partida. Essa determinação do Estatuto, que é uma lei federal, deve se sobrepor
ao Código Brasileiro de Justiça Desportiva, na visão do Ministério Público. Lisboa afirma que se a CBF não observar a hierarquia da lei federal, o
Ministério Público deverá entrar com medidas judiciais. "O Ministério Público
defende os interesses da sociedade. Não estamos olhando quem está sendo
beneficiado. Para o ministério, isso é irrelevante", afirma. Estadão
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