PROFESSOR, A BASE DE TODA
CONQUISTA
Os professores da rede municipal
de Marcelino Vieira já estão com uma consciência política bem avançada, pois o
Sindicato, ao qual estão engajados, tem uma história de lutas e conquistas que
enaltecem a profissionalização da classe.
Se hoje reivindicamos pelos
nossos direitos é indicativo de que estamos esclarecidos dos benefícios
assegurados pelas leis educacionais. Isso graças as mobilizações, ao acesso às
informações e mudanças do âmbito profissional, à formações políticas, à
conscientização do bom gerenciamento do meios públicos, instaurados como prática sindical em nosso
município. Foi-se o tempo em que o professor, de nossa cidade, se deixa levar
por certas ideologias, as quais incutem a permanência de um sistema repressor e
ultrapassado. Enfim, o professor é um cidadão crítico, militante, atuante e
atento ao marchar dos acontecimentos.
Para infelicidade de alguns, o
Sindicato não levanta nenhuma bandeira político-partidária. Simplesmente
distorceram a imagem de uma causa em prol de UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE, lema
que não pode mais ser compreendido como uma utopia. Temos insistido e
defendido, ao longo de existência dessa instituição, essa causa.
Não lutamos pelos direitos de uma pequena
quantia dos funcionários deste município, nossos objetivos são coletivos e se
estendem a todos os professores indistintamente, até aos que se esquivam da
luta.
As instituições sindicais
procuram estar antenadas com a revitalização de uma sociedade paritária, ou
seja, defende um ambiente onde não se favoreça apenas uma classe social (a
elite). Para tanto, o bom entendimento do que seja lidar com os bens e serviços
públicos seria um grande passo para toda sociedade.
Acreditamos que certas pautas de
discussões lançadas ao vácuo, acompanhadas de interrogativas e veiculadas em
contextos tendenciosos é apenas uma estratégia quando não se tem um plano de
gestão para enfrentar os desafios. Além do mais estamos em busca de respostas e
não de perguntas.
Lembramos que a luta sindical é
constante, pois vivemos num mundo dinâmico e de transformações fluídas e
rápidas. Essas influências dão configuração a um cenário educacional de
flexibilidades e isso torna a figura do professor um guerreiro incansável.
Nossa luta tem sido espelhada nessas ideias.
Em relação aos últimos
acontecimentos, cabe frisar que desde 2012 buscamos diálogo com a prefeitura de
Marcelino Vieira, compreendemos, na época algumas, situações; ouvimos promessas
e insistimos no diálogo para o cumprimento destas. Sentimos imposições com o
tom de novas melhorias nos nossos ambientes de trabalho e não nos isentamos de
cumpri-las na esperança de uma boa organização na educação de nosso município.
Fechamos os olhos para algumas atrocidades e indigestões crônicas dentro desse
cenário, enfim, calamos diante de vozes vorazes. Diante dessa realidade, quem
vem sofrendo injustiças, não só de agora? Será que só nós que temos que cumprir
os atos editados por portarias e leis? É meus caros, somos nós que sofremos
penalidades todos os dias caso não sigamos ás rédeas. Por essas e tantas
outras, que não citaremos para não tornar o texto cansativo, é que a greve não
surgiu do nada e nem é incoerente para quem vive a realidade educacional de
nosso município. Queira ou não é o professor quem impede a educação de entrar
na UTI, porque é ele que segura a “barra mais pesada”.
Continuamos nossa “peleja”
respaldados em princípios e ideais que nos qualificam como cidadãos dignos, que
sua muito para receber seu salário. Salário esse defasado, invejado, injuriado,
complicado, afrontado, contestado, etc. Nosso alento é que esses adjetivos são
articulados por aqueles que não entendem que “o professor, é a base de todo
conquista.” Mas, estão perdoados, afinal, parece não saber o que dizem. Uma
dica para estes, vão comparar nossos salários com o do médico, do juiz, e de
outras profissões de nível superior.
Respeitamos a pluralidade de
ideias e manifestações a respeito de nossa greve, mas como todo ato devemos
averiguar as múltiplas opiniões mediante um parâmetro que esteja isento de
interesses particulares, validando assim, a credibilidade dos posicionamentos
proferidos, pois nem só de discurso vive o homem, precisa-se de ações que
creditem suas concepções.
Permanecemos na luta até que os
discursos se pautem eticamente na busca de diálogos e consensos satisfatórios,
os quais objetivem o convencimento por meio de dados e posturas que realmente
regularizem a situação da educação. Ainda acreditamos que essa é uma boa forma
de colaborar com o entendimento das partes.
Agradece
Sindicato dos Servidores Públicos
Municipais de Marcelino Vieira, Tenente Ananias e Pilões.
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