A presidente diz: “Há um pessimismo inadmissível em relação à economia”


Em sabatina conjunta promovida pela Folha de S.Paulo, UOL, Jovem Pan e SBT, a presidente Dilma Rousseff disse que existe no país um pessimismo inadmissível em relação à economia, a exemplo do que aconteceu na organização da Copa do Mundo. Os candidatos Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), já foram sabatinados na semana retrasada.

Dilma defendeu a condução da política econômica feita por seu governo, mas se recusou a responder se vai manter nos cargos o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, caso seja reeleita. “Estamos em plena campanha. Não é bem a hora de a gente discutir ministério. Eu definitivamente não discuto meu ministério, até porque sou supersticiosa”, enfatizou.

A presidente destacou que o desemprego está nas suas menores taxas históricas. “O setor em que fizemos mais emprego foi a indústria”, disse, ao defender as políticas do governo para a indústria e para o setor de infraestrutura, citando que o Programa de Sustentação de Investimento (PSI) resultou em aportes de R$ 200 bilhões.

Dilma ressaltou ainda que seu governo será, ao final deste ano, aquele que mais investiu em infraestrutura, e garantiu que o país terá um momento de retomada com um novo ciclo de produtividade.

Ao avaliar a condução da economia brasileira no seu governo, Dilma comparou o Brasil a outros países e disse que dentro do grupo dos 20 mais ricos, o G20, o país está no rol dos que mais crescem, assim como um dos únicos que fazem superávit primário. “Nenhum país se recuperou. Dizia-se que a recuperação era dos países desenvolvidos. É uma modesta, modestíssima recuperação”, avaliou a presidente. Dilma destacou que na cena internacional, as economias estão decrescendo ou desacelerando. “No mesmo período (de 2008 até hoje), o Brasil sempre esteve com taxa de crescimento acima da média internacional”, alegou.

Dilma negou que o combate à inflação esteja fora de controle. Ela minimizou o fato de o país já ter ultrapassado o teto da meta de inflação (hoje em 6,5%, segundo o IPCA) alegando que o estouro foi de 0,02 ponto percentual. Ao ser indagada sobre erros na condução econômica brasileira, Dilma afirmou que a crise está em curso porque “o mundo errou”.

“O mundo errou porque saiu completamente do controle a crise do sistema financeiro internacional. No Brasil, tentamos impedir que o tradicional efeito da crise, como a geração de desemprego, acontecesse. Minimizamos os efeitos da crise na economia brasileira”, afirmou.

informações:Tribuna do Norte e Jornal do Brasil

Postar um comentário

0 Comentários