O brasileiro tem mania de se depreciar: o velho complexo de vira-lata faz achar que tudo aqui é pior. Só que os estrangeiros não acham.
Muitos que vieram para a Copa, ou que se mudaram para cá, encontraram no Brasil exemplos legais, que gostariam de levar daqui, além do otimismo, o riso fácil e a afetividade do brasileiro.
Uma reportagem do Anotícia, do Rio Grande do Sul, perguntou a cerca de 40 turistas quais são os hábitos brasileiros que eles gostariam de ver em seus países.
Veja os 10 foram selecionados:
1 - Festas
"Eu adoro o horário das festas no Brasil, em que se volta para casa às 6h ou 7h da manhã. Na Grã-Bretanha, os pubs fecham às 23h ou 24h. Todos bebem o máximo possível até esse horário e ficam bêbados demais", comenta Harriet Francis, 32 anos, advogada.
2 - Abraço
"É muito comum esse hábito no Brasil. Tem o abraço entre homens e o abraço mais carinhoso, com as mulheres. Na França, é muito raro, talvez apenas entre a família. Gostei disso. Pode parecer insignificante, mas muda bastante as relações entre as pessoas, seja entre familiares, amigos ou desconhecidos. Quando voltei para a França, abracei meu pai, e ele estranhou", diz Boris Pravda-Starov, 25 anos, estudante, que morou em Porto Alegre.
3 - Higiene
"Os brasileiros são muito limpos. Você não encontra tantos americanos ou pessoas do norte da Europa que tomem um banho por dia e escovem os dentes depois de cada refeição", admite Graham Gertz-Romach, britânico casado com uma gaúcha, que viveu por 21 anos no Brasil.
"Eu fiquei surpresa ao ver todos os meus colegas de trabalho escovarem os dentes depois do almoço. É um hábito muito legal. Os franceses, quando estão no trabalho, geralmente mascam chicletes depois do almoço" conta francesa Nathalie Touratier, 25 anos.
4 - Jeitinho brasileiro
"Os brasileiros sempre acreditam que há um caminho para se fazer alguma coisa, e isso os leva adiante", aponta Werner Trieloff, 29 anos, contador sul-africano.
"O jeitinho brasileiro explica o sucesso de quase todo brasileiro no Exterior. A improvisação é a grande arte do brasileiro. Na música, por exemplo, como no chorinho ou no samba, há muito espaço para improvisar. Acho que é por isso que o americano não sabe dançar samba nem jogar futebol", disse o filósofo americano Allan Taylor, 26 anos.
5 - Compartilhar bebidas
"Compartilhar a cerveja, a caipirinha ou o chimarrão diz muito sobre a generosidade do brasileiro. No início, eu tive dificuldade de me acostumar a isso. O guatemalteco se serve no copo e gruda a mão nele até beber tudo", relata Martin de León McMannis, 22 anos.
6 - Tratamento
A alemã Katharina Ockert, 25 anos, estuda na Unisinos. Apaixonada pelo Brasil, "apesar da grande pobreza e criminalidade", e fã de vários costumes nacionais, ela avalia que os estrangeiros são bem tratados aqui e que os brasileiros esbanjam disposição na hora de ajudar:
"Lembro uma vez em que eu estava no centro, procurando um banco para retirar dinheiro e pedi informações para uma mulher na rua. Pensei que ela talvez poderia me explicar o caminho, mas ela pegou minha mão e me levou até dentro do banco! Fiquei muito feliz de receber uma ajuda tão legal". lembra.
"As pessoas sempre me dão informações. Com um sorriso no rosto", diz a francesa Clémentine Athanasiadis, 19 anos.
7 - Exercícios
"A qualquer hora da noite ou do dia, você vê pessoas caminhando, correndo, jogando bola ou andando de bicicleta. Os brasileiros são muito ativos nos esportes, seja em busca de saúde, seja em busca de beleza", diz Matthew Bender, 30 anos, tradutor, morador de Porto Alegre há cinco anos.
8 - Carona
O engenheiro francês Manuel Gourmand, 24 anos, não teve dúvidas ao dizer qual é seu costume brasileiro preferido: o de dar (e receber) carona, inclusive para alguém que acabou de se conhecer.
"É uma coisa tão simples, e que, no entanto, não vi pela Europa. Lá cada um pega seu carro, e quem não tem carro, vai a pé. Mesmo se as pessoas vão para lugares muito próximos", explica Gourmand, que atualmente está em Passo Fundo.
9 - Almoço
O almoço como principal refeição do dia é um exemplo para os europeus.
"Meu país poderia se beneficiar desse hábito. Os kiwis (neozelandeses) tendem a engolir um sanduíche à mesa do trabalho, e ter uma refeição pesada à noite. Mas um jantar mais leve é muito mais saudável", comenta Victoria Joy Winter, 28 anos, analista de marketing e moradora de Porto Alegre.
"Aqui é bom porque geralmente se come algo aquecido no almoço. Eu também gosto do bufê a quilo e rodízio" - diz o estudante Marnix van.
10 - Atendimento
O italiano Alessandro Andreini, 40 anos, conta que uma das frases que mais gostou de ouvir em toda a sua vida foi "Você encontrou tudo o que procurava?", dita pelo caixa do supermercado.
Franco Luis Scandolo, 26 anos, argentino que morou na Itália destaca o profissionalismo e cordialidade no comércio.
Informações: Sónoticiaboa.band
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