Cerca
de 12% dos corretores de redação foram "reprovados" na última edição do
Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), conforme dados obtidos pelo
Estado via Lei de Acesso à Informação. Ao todo, 845 pessoas de um
universo de 7.121 avaliadores foram excluídas durante o processo de
correção dos textos do Enem 2013 por não apresentarem uma nota de
desempenho superior a 7 - numa escala de 0 a 10.
O
Enem 2013 "reprovou" muito mais corretores do que a edição 2012, quando
apenas 52 de 5.558 corretores (0,9%) foram dispensados. No Enem 2011,
foram afastados 277 de 3.188 corretores (8,69%). As redações do Enem são
corrigidas por profissionais da área de Letras com formação em Língua
Portuguesa que passam por um processo de capacitação.
Conforme
o Estado revelou em outubro, os corretores são mantidos sob
monitoramento constante de coordenadores e supervisores. É verificado,
por exemplo, se os avaliadores aplicam notas altas demais, muito baixas,
se há lentidão na correção ou rapidez - aspectos considerados na nota
de desempenho.
De
cada lote de 50 redações enviadas pelo sistema ao corretor, há duas
"pegadinhas": a "redação ouro", já corrigida pela equipe de
especialistas; e a "redação múltipla", que passa pelo conjunto de
corretores. O objetivo é verificar se há desvios.
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