O
jurista Ives Gandra, professor emérito da Universidade Mackenzie,
defendeu, em artigo publicado nesta terça-feira (2) no jornal Folha de
S. Paulo, que o horário eleitoral gratuito deveria voltar a veicular
programas ao vivo e não gravações. Para defender sua teoria, Gandra
relembra o tempo em que atuava no campo político, de onde saiu após a
promulgação do Ato Institucional nº. 2, em 1965 – ano que o horário
político foi instituído – , durante o regime militar, que determinou o
fim de diversos partidos políticos. “O eleitor avaliava os candidatos
por aquilo que eram, sem a intervenção de marqueteiros”, argumenta ele,
que presidiu um colégio de presidentes de diretórios de partidos para
pressionar as emissoras a manter os programas ao vivo. Gandra afirma
também, no artigo, que “os horários gratuitos tornaram-se uma indústria
de marqueteiros, em que o de menos verdadeiro existe é a imagem que
criam de seus candidatos, todos eles predestinados por sua ‘honestidade,
competência, descortínio, cultura e inteligência’”. O jurista ainda
qualifica os atuais programas como “cinematografia”, nos quais os
candidatos ganham “perfil de herói dos personagens de hollywoodianos".
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