O
PSB do ex-governador Eduardo Campos fica enfraquecido em Pernambuco
depois da vitória expressiva da presidenta Dilma Rousseff, no último
domingo (26), no Estado. No primeiro turno, o partido comemorou a
eleição de Paulo Câmara ao governo e de Fernando Bezerra ao Senado.
Ambos estavam bem atrás quando Campos ainda era vivo e viraram a disputa
de forma surpreendente. A derrota do PT no dia 6 foi enorme. O partido
não conseguiu eleger sequer um deputado federal. Com o apoio da família
Campos, Aécio Neves considerava Pernambuco um Estado fundamental para
fincar um pé no Nordeste, maior reduto de Dilma. A estratégia foi
fragorosamente derrotada. Dilma venceu Aécio no Estado por 71% a 29%. Em
Recife, a petista alcançou 60% contra 40% do candidato tucano.
Com esse resultado,
emerge uma nova líder no PSB: a vereadora recifense Marília Arraes.
Também neta do ex-governador Miguel Arraes, Marília rompeu com o primo
Eduardo, pouco antes de sua morte, em agosto. Ela havia se rebelado
contra a indicação do novo líder da Juventude do PSB em Pernambuco, João
Campos, filho de Eduardo. E retirou sua candidatura à Câmara dos
Deputados pelo partido.
Marília,
então, passou a apoiar Dilma e Armando Monteiro (PTB) ao governo de
Pernambucano. Depois da morte de Eduardo, foi impedida por familiares do
ex-governador de participar até de seu velório. Com a eleição de Paulo
Câmara (PSB) ao governo, ficou isolada. Agora com a vitória de Dilma,
Marília ganhou força. Foi ovacionada por petistas na festa da vitória,
no Marco Zero de Recife, anteontem. Passa a ser o nome do PSB local com
mais trânsito com Dilma e os petistas.
ultimosegundo.
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