"Roubo d'água" no Rio Piranhas agrava a seca nos municípios do Rio Grande do Norte


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A seca no Rio Grande do Norte está atingindo 152 municípios do Estado, quase 95% da totalidade das cidades potiguares. Dessas cidades, cinco estão em situação de colapso, com seus reservatórios comprometidos por falta de água para consumo humano, animal e para irrigação. De acordo com o secretário adjunto da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Luciano Cavalcanti Xavier, a seca, "por si só problemática, chega a ser ainda mais agravada por causa do roubo d'água".
Essa "fuga" de água, provocada na maioria dos casos pelo homem do campo, é mais recorrente ao longo da calha do Rio Piranhas, que banha os estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte. Luciano explica que o Rio, originado da Bacia Hidrográfica Piancó-Piranhas-Açu, é quem abastece a barragem Armando Ribeiro Gonçalves, o maior reservatório do RN, capaz de garantir abastecimento para mais de 35 cidades.
"Recentemente estive com o secretário de Recursos Hídricos da Paraíba e com representantes da Agência Nacional de Água (ANA) para analisar o Plano de Recursos Hídricos da Bacia Piancó-Piranhas-Açu. Mais uma vez observamos que se trata do eixo onde tem os maiores problemas de água", disse. "Além de existir uma dificuldade natural da água chegar aos municípios, ainda temos que lidar com as 'fugas', com o roubo d'água que acontece ao longo da calha do Rio", afirmou.
Do início da Bacia Hidrográfica, que contempla os açudes Coremas e Mãe d'Água, na Paraíba, até a Barragem Armando Ribeiro, em Assu/RN, são aproximadamente 140 km de extensão de água. Cortando diversos municípios e áreas rurais, pequenos produtores acabam desviando o caminho da água para suas propriedades.
"Temos conhecimento disso, mas ainda não encontramos uma forma de impedir. Essas áreas rurais, na maioria dos casos, são regiões de difícil acesso e por isso não temos como controlar com eficiência. As pessoas se apoderam da água que não é delas. Muitas vezes roubam a água sem necessidade", conta o secretário adjunto da Semarh.


Informações do Jornal de Hoje.

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