A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) concluiu a denúncia
contra Marco Feliciano (PSC-SP) e Jair Bolsonaro (PP-RJ) por campanha de
ódio. A entidade quer que a Corregedoria da Câmara puna os dois por
quebra de decoro parlamentar em virtude de divulgação de vídeos
considerados difamatórios, o que poderia resultar na cassação de seus
mandatos.
Liderando um grupo de mais de vinte entidades ligadas aos direitos humanos, a OAB
enviará, na próxima semana, representação ao presidente da Câmara,
Henrique Eduardo Alves, contra Feliciano e Bolsonaro. A entidade quer
que a Corregedoria da Câmara os processe por quebra de decoro
parlamentar em virtude de divulgação de vídeos considerados
difamatórios.
Em um dos vídeos, Bolsonaro teria editado a fala de um professor do
Distrito Federal em audiências na Câmara para acusá-lo de pedofilia e
utiliza imagens de deputados a favor da causa homossexual para dizer que
eles são contrários à família.
Para o presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB,
Wadih Damous, essas campanhas de ódio representam o rebaixamento da
política brasileira. “Pensar que tais absurdos partem de representantes
do Estado, das Estruturas do Congresso Nacional, é algo inimaginável e
não podemos ficar omissos. Direitos Humanos não se loteia e não se
barganha”, disse. Indignado com os relatos feitos por parlamentares e
defensores dos direitos humanos durante reunião na sede da entidade,
Damous garantiu que “a Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB será
protagonista no enfrentamento a esse tipo de atentado à dignidade
humana”.
Na reunião com a CNDH
da entidade dos advogados estiveram presentes, além dos deputados
acusados na campanha difamatória, representantes da secretaria Nacional
de Direitos Humanos da Presidência da República, do Conselho Federal de
Psicologia, e ativistas dos movimentos indígena, de mulheres, da
população negra, do povo de terreiro e LGBT.
Correio do Brasil
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