O
ministro da Educação, Cid Gomes, pretende discutir a possibilidade de
tornar públicas as questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem),
liberando ao público um banco de dados com mais de 70 mil questões de
todas as áreas. Com isso, a prova poderia ser feita por computador,
aplicada em terminais em todo o país. Em Recife, ele comentou a
proposta, que seria uma alternativa que simplificaria e manteria a mesma
confiabilidade do exame. De acordo com o ministro, tornar público não
tornaria o exame mais fácil. Seria necessário ser “um gênio para
memorizar todas as questões”. A prática, segundo o Ministério da
Educação (MEC), já ocorre em outros países.
“Existe um esforço violento para fazer
com que 7 milhões de pessoas sentem para fazer uma prova e isso
naturalmente gera uma série de complicações”, disse. A intenção é que o
exame não ocorra apenas uma vez por ano, mas que o candidato possa se
inscrever e tenha um tempo para ir ao local de prova e fazê-la.
Não há um prazo para colocar em prática o
novo modelo. O ministro ainda vai debater a proposta com técnicos, com a
academia e com a sociedade, antes de apresentá-la para análise da
presidenta Dilma Rousseff. O Enem é usado como forma de ingresso em
instituições públicas, como forma de obter bolsas de estudo em
instituições particulares e financiamento estudantil, além de ser
critério para o programa de intercâmbio Ciência sem Fronteiras e ser
usado para certificar o ensino médio. Em 2014, mais de 6,2 milhões de
candidatos fizeram o Enem em mais de 1,7 mil cidades.
Marcos Dantas
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