O governo disse esperar que a posição do presidente da Câmara dos
Deputados, Eduardo Cunha, de anunciar rompimento com o governo, seja uma
posição pessoal e que não se reflita nas ações de Cunha à frente da
Casa, diz nota divulgada pelo Palácio do Planalto.
"O presidente
da Câmara anunciou uma posição de cunho estritamente pessoal. O Governo
espera que esta posição não se reflita nas decisões e nas ações da
presidência da Câmara, que devem ser pautados pela imparcialidade e pela
impessoalidade”, diz a nota.
Além de defender a harmonia entre os
Três Poderes, a manifestação lembra que o PMDB participou da
sustentação do governo federal, desde a primeira eleição do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A nota cita a presença do
vice-presidente da República, Michel Temer, de ministros e
parlamentares do partido de Cunha, dizendo que eles “tiveram e continuam
tendo um papel importante no governo”.
“E, neste momento em que
importantes desafios devem ser enfrentados pelo país, os Poderes devem
agir com comedimento, razoabilidade e equilíbrio na formulação das leis e
das políticas públicas”, escreveu a Secretaria de Comunicação Social da
Presidência.
“O governo sempre teve e tem atuado com total
isenção em relação às investigações realizadas pelas autoridades
competentes, só intervindo quando há indícios de abuso ou desvio de
poder praticados por agentes que atuam no campo das suas atribuições”,
informa.
A nota explica que a Receita Federal integra a
força-tarefa que participa das investigações da Operação Lava Jato,
“atuando no âmbito das suas competências legais, em conjunto com a
Polícia Federal e o Ministério Público Federal, seguindo determinações
dos órgãos responsáveis pelas investigações”.