Fernando Baiano | Foto: Reprodução/ Veja
O ministro e relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF),
Teori Zavascki, acolheu o pedido do procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, e incluiu na denúncia contra o presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), trechos da delação premiada do doleiro Fernando
Soares, conhecido como Fernando Baiano. Cunha foi citado pelo doleiro
em depoimento à Polícia Federal nas investigações no âmbito da Operação
Lava Jato. Ao deferir o aditamento da PGR, Teori deu um prazo de 30 dias
para que a defesa apresente resposta. Os termos da delação de Baiano
citando Cunha ainda são mantidos sob sigilo. Ele teria confirmado à
Polícia Federal o pagamento de pelo menos US$ 5 milhões em propina ao
peemedebista em contratos de aluguel de navios-sonda pela Petrobras. No
início do mês, a colaboração do doleiro foi homologada pelo ministro
Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF. Cunha é acusado de
corrupção e lavagem de dinheiro. As primeiras denúncias surgiram no
depoimento do empresário Júlio Camargo, que também fez acordo de delação
premiada com a Polícia Federal. O presidente da Câmara vem negando
sistematicamente todas as acusações e diz que é alvo de perseguição
pessoal no inquérito aberto contra ele na PGR.