O que a Folha de S.Paulo faria se um delator da Lava Jato
mencionasse o pagamento de uma propina de R$ 300 mil para o
ex-presidente Lula? Não há nenhuma dúvida de que o caso seria estampado
em letras garrafais na manchete principal do jornal; basta lembrar que
esse foi o procedimento quando a Folha noticiou uma acusação falsa a uma
nora de Lula; além disso, quando denunciado, o pecuarista José Carlos
Bumlai perdeu o nome e virou "o amigo de Lula"; em outro episódio, numa
manchete sobre o senador Delcídio Amaral, a foto estampada também foi a
do ex-presidente; agora, quando o senador Aécio Neves (PSDB-MG) é citado
num esquema de propina, o caso é escondido numa nota de rodapé; diante
do duplo padrão de julgamento, o colunista André Singer afirmou no
último sábado que a mídia abafa a corrupção tucana.
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