“Eu não acho que exista um combate à corrupção, existe uma guerra declarada ao Partido dos Trabalhadores”.
Quem diz a frase, dita com a ressalva
de que “não sou PT” e “não gosto de muita coisa no PT” é o delegado
aposentado Armando Coelho Neto, ex-presidente da Associação de Delegados
da Polícia Federal.
A entrevista, ao veterano colega Humberto Mesquita (ex-Realidade, Tupi e SBT),
é impressionante, porque é dada por quem não apenas conhece a
corporação como porque historia fatos. E que evita, por consciência do
que deve ser o comportamento de uma autoridade policial, evita qualquer
afirmação leviana contra qualquer pessoa.
Um deles é a descrição de como se tomou o
depoimento do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso: com absoluta
discrição e sem qualquer tipo de constrangimento, como deve ser a
colaboração com a apuração de crimes.
Outro, a denúncia sobre o desvirtuamento
da Operação Zelotes, que apura sonegação – e, portanto, desvio de
dinheiro público – em volume maior do que a Lava Jato e foi transformada
em “Operação Filho do Lula”, por uma suspeita que, além de frágil, é
absolutamente lateral ao cerne do que se fez: formar-se um esquema de
quadrilha dentro do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais.
O delegado Armando já havia sido mencionado aqui, por conta de um dos ótimos posts de Marcelo Auler, reporter que conhece a área e que é testemunha do comportamento deste policial.
Que parece mesmo alguém mais preocupado em ser equilibrado do que um leviano e exibido.
Enviado por Webster Franklin
Do Tijolaço