Comentário: João Santana pediu acesso a uma investigação que
meganhas da Lava Jato (incluindo Moro) já vazaram pra Veja. A regra
básica do direito é que ninguém pode ser acusado sem saber do que está
sendo acusado.
Em tempos de ditadura judicial-midiática, Moro acha tranquilo vazar uma denúncia para Veja. Isso pode.
Dar direito ao réu de se defender do massacre midiático causado por vazamentos seletivos, não pode.
A mídia pode ter acesso à acusação contra um cidadão brasileiro. O cidadão acusado, não.
Só quero ver até onde vai essa palhaçada.
O sigilo vale só para o cidadão, não para a mídia, que recebe as
informações ditas sigilosas. O cidadão fica assim vulnerável duplamente.
É massacrado pelo Estado vazador (criminoso, portanto), por um lado, e
pela mídia inquisitorial e partidária, de outro. Alguém avisa a Moro que
o Conselho Nacional de Justiça agora obriga juízes a investigarem
vazamentos.
Se a investigação contra João Santana é sigilosa, como isso vazou
para a Veja, e se vazou para a mídia, como assim deixar o investigado
vulnerável a esse tipo de ataque político?
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