Uma das imagens emblemáticas do golpe foi tirada ontem, quando
Eduardo Cunha, Romero Jucá e Eliseu Padilha, três notórios
peemedebistas, ergueram as mãos no dia do desembarque do PMDB; para quem
foi às ruas gritar contra a corrupção, chega a ser constrangedor ver as
faces dos homens que estão pestes a assumir o poder; Cunha, presidente
da Câmara, é réu no STF por corrupção e Jucá está na lista de
parlamentares investigados pelo procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, na Lava Jato; jornalista Fernando Brito, do Tijolaço, aponta um
fator importante: "governo algum é capaz de se sustentar sem
legitimidade. Que dirá a de quem não teve e não teria voto algum";
"'Temer Presidente'" pode ser gritado num salão com um cento de
políticos, mas não pode ser gritado em esquina alguma do país", afirma.
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