Ao apresentar a defesa da presidente Dilma Rousseff na comissão
especial que analisa o pedido de impeachment, na Câmara, o
advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, compara a situação de
Dilma à do senador tucano Aécio Neves, um dos principais defensores do
golpe, acusado de coordenar um esquema de corrupção em Furnas, e do
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), réu no STF por corrupção e
dono de contas não declaradas na Suíça; "É de receber dinheiro de
Furnas que Dilma é acusada? É de ter contas no exterior?", perguntou;
Cardozo lembrou que Cunha teve direito a vários recursos, diferente da
presidente, e lembrou que as chamadas 'pedaladas fiscais' já eram
prática conhecida em outros governos; "Por que a nossa é de má-fé e a
outra é correta?"; "A história não perdoa a violência da democracia. E
um próximo governo fruto dessa situação não terá legitimidade. Se
consumado, deve ser chamado golpe. Golpe de abril de 2016", finalizou.
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