Por Redação, com ACSs – de São Paulo
A Justiça do Estado de São Paulo acatou o processo proposto por
advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra os
proprietários do diário conservador carioca O Globo. Os irmãos Marinho,
filhos do falecido empresário Roberto Marinho, respondem agora à ação
civil por danos morais, após publicar matéria no jornal, intitulada
Dinheiro liga doleiro da Lava-Jato à obra de prédio de Lula.
Nos autos do processo, agora registrado em cartório na capital paulista,
os advogados de Lula anexaram a matéria publicada no dia 12 de agosto
do ano passado, na qual o diário que apoiava a ditadura militar afirma
que o ex-presidente seria dono de um apartamento triplex no Edifício
Solaris, no Guarujá (SP), e que o empreendimento estaria ligado, de
alguma forma, ao doleiro Alberto Youssef.
Antes da publicação do artigo, o Instituto Lula esclareceu ao jornalista
que Marisa Letícia, mulher do ex-presidente, adquiriu a prestações, uma
cota no empreendimento e que a família do ex-presidente não tem nenhum
apartamento, quanto menos um tríplex. “Não foi a primeira vez que isso
foi esclarecido a este repórter e o jornal carioca optou por dar
continuidade à mentira que vem repetindo desde dezembro do ano passado”,
disse o Instituto Lula, em nota.
Resposta de Lula
“O autor da matéria insistiu na versão mentirosa, com amplo destaque
tanto na versão impressa do jornal, quanto na internet. O Instituto
Lula respondeu ao Globo, em nota, no dia 14: ‘Lula não tem apartamento
no Guarujá. E se tivesse?’ Em sua edição de sábado (15 de agosto), o
jornal tentou justificar a atribuição da propriedade do imóvel pelo
ex-presidente por informações passadas pela ‘vizinhança’, ou seja, fez
um jornalismo baseado em fofocas de corredor de prédio”, acrescenta a
nota do Instituto.
Ainda no documento, Lula afirma, por meio de sua assessoria, que “a ação
demonstra que a matéria teve claro caráter difamatório e o mero
registro burocrático do outro lado não compensa os danos morais causados
pela veiculação de graves mentiras. Que foram criadas relações que não
existem entre uma cota de empreendimento adquirida a prestações pela
família do ex-presidente e Alberto Youssef, criminoso reincidente”.
Apesar da ação em curso, o diário carioca seguiu na publicação de outras
matérias sobre o imóvel de Guarujá, o que valeu um novo desmentido, no
último sábado que, segundo advogados do ex-presidente, será anexado ao
processo contra a família Marinho, como demonstração do caráter
persecutório dos meios de comunicação de propriedade das Organizações
Globo.
Na nota da semana passada, o Instituto Lula demonstra, com uma série de
documentos, “como os adversários de Lula e sua imprensa tentam criar um
escândalo a partir de invencionices”.
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