"A contundência do relatório comprova que Cunha em nenhuma hipótese
poderia ter continuado no comando da Câmara dos Deputados. Isso somente
ocorreu porque o Brasil vive um período de exceção e de anormalidade
institucional no qual se ambienta a perpetração de um golpe de Estado de
tipo jurídico-midiático-parlamentar", diz o colunista Jeferson Miola;
"A decisão tardia de afastar Cunha é o reconhecimento implícito, por
outro lado, de que o próprio STF cometeu o erro gravíssimo de não tê-lo
afastado antes e, com isso, tê-lo impedido de atentar contra a
Constituição e a ordem jurídica e política"; segundo ele, "é obrigação
da Suprema Corte interromper a marcha do golpe de Estado nesses dias que
antecedem a consumação da farsa do impeachment no Senado".